Tiago Mayan vê “bom sinal” nas pessoas que se inscreveram para votar antecipadamente

O advogado não arrisca dizer o que seria para si um bom resultado nas eleições presidenciais do próximo domingo.

Foto
LUSA/Nuno Fox

O candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves disse ver nos 246 mil inscritos para votar antecipadamente neste domingo “um bom sinal” de que as pessoas querem participar nas eleições e se revêem nas propostas apresentadas.

“Espero que essas 250 mil pessoas se reflictam mesmo nas urnas e, assim sendo, será um bom sinal para o dia 24, mesmo dentro deste contexto muito difícil que sabemos que está a ocorrer”, afirmou, antes de uma corrida que teve como ponto de partida o Padrão dos Descobrimentos, na zona de Belém, Lisboa.

Neste oitavo dia de campanha eleitoral, João Cotrim Figueiredo, presidente da IL e deputado único do partido no Parlamento, juntou-se à corrida presidencial, um apoio realçado pelo candidato.

“É claro, evidente, e sei que, pelo menos, já tenho um voto exercido hoje de manhã”, brincou Mayan, referindo-se ao voto antecipado nas presidenciais, exercido por João Cotrim Figueiredo. Quanto ao resultado eleitoral, afirmou: “Veremos, hoje já há pessoas a votar, dia 24 saberemos o resultado e estou confiante”.

Tiago Mayan Gonçalves recusou-se a dizer o que seria para si um bom resultado.” Dentro do contexto do que serão estas eleições é muito difícil estarmos a fazer esse exercício, mas será, sem dúvida um sinal de crescendo”, frisou.

João Cotrim Figueiredo votou cedo, antes da formação de filas na Cidade Universitária.

“Tendo sido dos primeiros a votar naquela secção, não era justo fazer comentários sobre a forma como estava organizado. Tenho a certeza de que ao longo do dia iria tornar-se mais fluida toda a operação, que ainda estava um pouco confusa”, afirmou o líder da IL.

Tal como já tinha feito depois de exercer o seu direito de voto, João Cotrim Figueiredo reiterou que a “forma de convocar cidadãos para exercer o seu direito de voto tem de ser muito mais distribuída, muito mais diversificada” e frisou que não se pode “ficar preso a esta lógica de ter um único dia para votação presencial”

Defendeu, por isso, o voto por correspondência e também electrónico.”Tem que ser uma prioridade para que não tenhamos esse pretexto e essa desculpa para estamos sempre a falar de abstenções excessivas e falta de participação das pessoas”, referiu, acrescentando que as “pessoas querem participar, não pode é ser um sacrifício, uma coisa complicada”.

“Não estou a dizer que foi esse o caso hoje, mas acho que pode ser muito mais simples e, sobretudo, mais apelativo”, apontou.

Questionado sobre os níveis de abstenção previstos e algum receio das pessoas de irem votar, João Cotrim Figueiredo respondeu: “Nós chamamos a atenção para que, quando se tenta fazer com que as pessoas se assustem perante determinada realidades em vez de as tratar como adultos e explicar-lhes quais são os reais riscos e de que forma se podem efectivamente proteger, corre-se o risco de termos uma reacção mais emocional do que racional relativamente a um problema que é sério e o qual não desvalorizamos”.

Na sua opinião, “se vier a haver um nível de abstenção anormalmente alto, muito alto, é obvio que o clima emocional que se criou à volta do combate à pandemia não terá ajudado”.

Sugerir correcção
Comentar