Legislação sobre direitos de TV no desporto para aprovar “nas próximas semanas”

Secretário de Estado garante que a discussão sobre a centralização dos direitos está iminente.

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João Paulo Rebelo Rui Gaudencio

O Governo vai aprovar “nas próximas semanas” legislação sobre os direitos televisivos no desporto, anunciou nesta terça-feira o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo.

“Está mesmo para aprovação nas próximas semanas legislação sobre os direitos de TV e a sua centralização, que vai introduzir muito melhor distribuição do dinheiro que daí resulta”, adiantou o governante.

Durante a audição regimental da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo defendeu que a nova fórmula proporcionará “um campeonato muito mais competitivo, em linha como que acontece em toda a Europa”.

Respondendo ao deputado Emídio Guerreiro, do PSD, garantiu que o Instituto Português do Desporto e Juventude "não falhou um cêntimo com o movimento desportivo”, revelando que em 2020 foi dado um apoio de quatro milhões de euros “em portarias excepcionais”.

“Temos estado a acompanhar toda esta actividade pandémica, todo o seu impacto, e temos a certeza de que temos de apresentar soluções, como já o fizemos no passado e faremos no futuro, com a ajuda do quadro financeiro plurianual da União Europeia”, elucidou.

Às preocupações manifestadas pelo deputado madeirense Olavo Câmara, do PS, sobre a necessidade de proteger e apoiar as equipas não profissionais da ilha, esclareceu que é obrigação do Governo assegurar a “integridade territorial”, sem, contudo, se sobrepor às federações.

“Não é uma questão que dependa do Governo”, defendeu, atirando para os “regulamentos das federações desportivas” a resolução das situações relacionadas com as dificuldades financeiras e logísticas das equipas insulares.

“Tenho-me esforçado, enquanto SEJD, para sensibilizar as federações desportivas para que se possa garantir o que o Estado garante como princípio da integridade territorial, que qualquer clube e atleta da Madeira ou Açores esteja em igualdade de circunstâncias com qualquer outro atleta ou clube do território continental”, concluiu.

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