Jorge Jesus: “Se não tiver covid, o Luisão vai para o banco”

Apesar dos incidentes ocorridos na Supertaça, o treinador do Benfica garante presença do antigo central ao seu lado no jogo desta terça-feira com o Portimonense.

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Jorge Jesus e Luisão após a derrota na Supertaça LUSA/JOSE COELHO

Não há conflitos internos no Benfica. Todos falam uns com os outros e todos sabem os que têm de fazer. Foi isto que Jorge Jesus respondeu quando lhe perguntaram sobre os incidentes ocorridos após a derrota dos “encarnados” na Supertaça, em que Luisão, que esteve no banco de suplentes a fazer as vezes do director-técnico Tiago Pinto, entrou em “modo cobrança” no final do jogo, tendo os jogadores do Benfica como alvo.

“Na Supertaça, só sei uma coisa, é que perdemos com o FC Porto e dói muito. Isto é factual. Tudo o que queiram implantar, escrever, têm todo o direito. Todos os dias, eu, o Rui Costa e o presidente temos conversas sobre o Benfica, cada um sabe o que tem de fazer. O Luisão foi para o banco porque o Rui Costa entendeu que naquele jogo, sem o Tiago, devia ir. Se estiver tudo normal, se não tiver covid, o Luisão amanhã vai para o banco”, respondeu o técnico do Benfica na conferência de imprensa de lançamento do jogo desta terça-feira, frente ao Portimonense, na Luz.

Jesus respondeu no mesmo tom sobre alegadas conversas com Luís Filipe Vieira e Rui Costa em que estes terão manifestado desagrado sobre o trabalho do técnico. “Não posso responder a perguntas fabricadas sobre coisas que não existem. Todos os dias conversamos sobre o Benfica, todos sabemos o que queremos e para onde vamos, não posso responder a coisas fabricadas, só respondo a coisas factuais. Não venho para aqui falar sobre a história da carochinha”, reforçou.

Depois da derrota para a Supertaça, o Benfica volta à acção na Liga portuguesa, recebendo na Luz o último classificado, o Portimonense. E uma vitória é essencial, diz Jesus, para se manter colado ao líder Sporting. “Ganhando, continuamos na pegada do segundo lugar. A motivação é sempre a máxima, é o principal objectivo, nosso e dos nossos rivais”, assinala o técnico, reconhecendo que os “encarnados” já estiveram melhor do que estão agora.

“Se fizer um balanço das 10 primeiras jornadas, claro que já estivemos melhor do que estamos hoje, sabemos o que queremos, o Benfica tem uma estrutura em que todos sabemos as nossas responsabilidades. Há dois meses era invicto com cinco vitórias em cinco jornadas, isso de não estar tão bem tem um mês”, salienta o treinador benfiquista, reforçando que a equipa tem capacidade para atingir a “nota artística”.

“A nota artística teve em alguns jogos, não atingindo patamares muito elevados. A equipa tem argumentos e capacidade para ter um futebol de mais qualidade. Em Portugal está mais difícil, as equipas preocupam-se em estar fechadas e tirar tempo de jogo, temos de arranjar argumentos para essa ideia de jogo. O Benfica está à procura do primeiro lugar porque já esteve em primeiro. Não interessa fazer comparações, queremos jogar melhor, só há um à frente e temos muito tempo para lá voltar. Agora a nota artística não é muito importante porque não há adeptos, tem mais valor quando o estádio está cheio.”

Sobre reforços e saídas, Jesus diz que tanto pode acontecer muita coisa no mercado, como não acontecer nada, e está mais preocupado em valorizar os seus próprios jogadores do que avançar para a contratação de médios que já conhece, como Arão ou William Carvalho: “Preciso é de rentabilizar os jogadores que trabalham comigo naquela posição, isso é que me importa.”

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