Uma economia no verde

O caminho não passa por acabar com o capitalismo para salvar o planeta, antes que devemos continuar a mudar as regras dentro do qual os mecanismos de mercado funcionam

Acharmos que podíamos infindavelmente continuar a assentar o crescimento económico na exploração dos finitos recursos naturais do planeta foi um erro que hoje quase todos reconhecemos. Achar que o caminho para o bem-estar passa por destruir o investimento e a iniciativa privada acabando com o modelo de economia social de mercado é outro erro em que alguns parecem cair.

Em 2019, e os dados foram conhecidos há poucos dias, as emissões na União Europeia reduziram-se em 3,7% enquanto o PIB cresceu 1,5%. Estes dados mostram que há um caminho de desenvolvimento económico que compatibiliza o respeito pelo meio ambiente, um mundo neutro em carbono e a criação de riqueza, emprego e pagar melhores salários. Mostram também que o caminho não passa por acabar com o capitalismo para salvar o planeta, antes que devemos continuar a mudar as regras dentro do qual os mecanismos de mercado funcionam.

Acredito que cabe à Europa liderar este caminho pelo desenvolvimento sustentável, de investimento em tecnologias limpas, criação de emprego ambientalmente responsável, de descarbonizar a energia e a gastarmos de forma mais eficiente na mobilidade ou nos edifícios.

Também os Estados Unidos retomarão o caminho do respeito pelo Acordo de Paris e a China anunciou o seu compromisso com a neutralidade em carbono até 2060, 10 anos depois da União Europeia.

Os países científica e tecnologicamente mais avançados vão liderar o mundo nesta transição e a Europa tem condições para criar novas soluções e colocá-las no mercado ao serviço das pessoas e das empresas. 

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