Campeão Pedro Sousa cria boas expectativas para 2021

O tenista português conquistou no Maia Open o oitavo título no Challenger Tour.

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Beatriz Ruivo/FPT

Alívio foi o que Pedro Sousa sentiu após vencer a final do Maia Open. Depois de quatro finais perdidas, o tenista português conseguiu voltar aos títulos e encerrar o ano melhor ainda do que tinha começado; em Fevereiro, disputou pela primeira vez uma final do ATP Tour. Ao mesmo tempo, Sousa garantiu a subida de mais uns degraus na hierarquia mundial e, embora ainda não saiba se são suficientes para entrar directamente no Open da Austrália, o nível exibido durante a semana na Maia abre excelentes perspectivas para 2021.

Na segunda final disputada em Portugal, dois meses após a derrota no último encontro no Lisboa Belém Open, Sousa (113.º ATP) enfrentou o espanhol Carlos Taberner (152.º). O tenista lisboeta entrou muito determinado, chegando a 5-0, depois de anular os dois break-points que enfrentou no quarto jogo (15-40). Para que não houvesse dúvidas quanto ao seu domínio, Sousa quebrou o espanhol pela terceira vez para fechar o set.

Taberner reapareceu na segunda partida a servir melhor e equilibrou a balança. O primeiro break-point surgiu no sétimo jogo e foi logo aproveitado pelo espanhol. Sousa teve duas oportunidades para devolver o break logo de seguida, mas seria quando Taberner serviu para fechar o set, a 5-4, que o tenista lisboeta conseguiu recuperar a desvantagem. Só que Sousa voltou a não servir bem e o espanhol não desperdiçou nova oportunidade para fechar.

O equilíbrio prolongou-se pelo set decisivo, até ao 2-2, quando Sousa anulou, por duas vezes e com grandes pontos, a hipótese de break. No jogo seguinte, foi a vez do cabeça de série n.º 2 dispor de dois break-points. Taberner falhou uma direita, a meio court, no segundo e acusou o momento. O espanhol só voltou a ganhar pontos (um) quando já enfrentava três match-points e, na segunda ocasião, Sousa fixou os parciais de 6-0, 5-7 e 6-2.

“Não podia ser melhor. Sinto-me um bocadinho aliviado porque tinha perdido quatro finais seguidas, mas hoje aguentei bem a pressão. Fiz um primeiro set excelente, mas sabia que o jogo ia apertar, porque é impossível disputar uma final e pensar que vai tudo correr às mil maravilhas. Ele melhorou um bocadinho, alguns nervos à mistura, mas no terceiro set ainda fui a tempo de ganhar o encontro”, resumiu o campeão do Maia Open.

Sousa igualou o recorde nacional de Rui Machado, agora seu treinador, com oito títulos conquistados no Challenger Tour – em 16 finais realizadas – e vai subir ao 105.º lugar do ranking, muito perto de garantir a entrada directa no quadro principal do Open da Austrália, com início, muito provavelmente, a 8 de Fevereiro. “Vamos ver se vai haver e em que condições, se entro ou não entro. O mais importante era fazer o meu trabalho e, aqui, não podia ter feito melhor”, afirmou o número dois português.

Depois de conquistar o título em Braga (2018) e Maia, falta vencer em casa, no CIF, para fazer o pleno em challengers disputados em Portugal – com a Federação Portuguesa de Ténis a querer juntar uma quarta prova deste nível no calendário de 2021. Mas esse é apenas um dos objectivos de Sousa para o próximo ano. “Queria consolidar-me no top 100, jogar torneios maiores e ir aos Jogos Olímpicos”, revelou.

A final do Maia Open foi o derradeiro encontro da época no circuito ATP, pois minutos antes tinha terminado o challenger de Campinas (Brasil), com o triunfo de Francisco Cerundolo (159.º). O argentino conquistou o terceiro título neste circuito, ao vencer o espanhol Roberto Carballés Baena (102.º), por 6-4, 3-6 e 6-3, para terminar o ano no top 140, cem lugares à frente do ranking com que tinha iniciado 2020.

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