Pedro Sousa na 16.ª final do Challenger Tour

Tenista português decide o título no Maia Open com o espanhol Carlos Taberner. Nas meias-finais, arrasou Zapata Miralles.

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Beatriz Ruivo/FPT

Será na quarta final do ano, segunda em casa, que Pedro Sousa vai tentar conquistar um título em 2020 e fechar a época da melhor forma possível. O tenista lisboeta voltou a confirmar a excelente forma nas meias-finais do Maia Open, em que dominou Bernabé Zapata Miralles em dois sets (6-4, 6-1) numa hora de jogo.

Diante do espanhol, Sousa (113.º ATP) entrou muito bem e somou cinco jogos consecutivamente, que o colocaram a liderar por 5-1, antes de sofrer o primeiro break. O segundo set foi ainda mais rápido e praticamente não teve história, tal a superioridade sobre Zapata Miralles (155.º). Sousa anulou cedo o único break-point que enfrentou e garantiu a presença na final em 63 minutos.

“Estava à espera de dificuldades, mas fiz um grande jogo e acabei por tornar o jogo mais fácil. Sabia também que ele às vezes não se aguenta tão bem mentalmente e, felizmente, consegui levá-lo à ‘loucura’ e estou muito contente. A experiência conta mais que o ranking em certas situações, mas meias-finais e finais não são nada de novo para ele. O factor que o fez desequilibrar mentalmente foi não ter soluções para levar o encontro para o lado dele”, explicou o número dois português.

Sousa continua a obter bons resultados nos torneios internacionais realizados em courts nacionais, onde se sente mais motivado. “Não mudei nada de especial nas minhas rotinas, simplesmente as coisas estão a sair-me bem esta semana. Todos nós gostamos de jogar em casa, é sempre especial e temos poucas oportunidades de fazê-lo e é há que aproveitá-las ao máximo quando elas aparecem. Ganhei em Braga, no CIF cheguei à final, aqui também, por isso, façam mais torneios em Portugal”, salientou o lisboeta, que tem assegurada desde já a subida ao 108.º lugar do ranking.

No derradeiro encontro do Maia Open, Sousa vai defrontar o espanhol Carlos Taberner (152.º), que superou o qualifier croata Duje Ajdukovic (377.º), ao fim de mais de três horas de jogo — o encontro mais longo do torneio até ao momento. O embate foi muito equilibrado, como indicam os parciais de 7-5, 6-7 (9/11) e 6-4, mas o oitavo cabeça de série dispôs de três match-points no tie-break para fechar o encontro em dois sets.

Taberner vai disputar a segunda final da época, depois de conquistar o seu primeiro título no Challenger Tour, em Setembro, na Roménia. Sousa venceu quatro dos seis duelos anteriores, incluindo o último, no ano passado, nas meias-finais do challenger de Meerbusch (Alemanha), onde o tenista luso conquistou o seu sétimo título em 15 finais já disputadas neste circuito.

“É muito forte fisicamente. Jogámos muitas vezes em três sets... é um bocadinho como ontem, com o Coppejans, encaixamos bem, agarramos bem o ritmo e acaba por ser muito equilibrado e ganha quem tomar melhores decisões. Se não fossem as lesões, tinha melhor ranking”, afirmou Sousa.

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