Pedro Sousa nas meias-finais do Maia Open

Tenista português ambiciona entrar directamente no Open da Austrália.

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Pedro Sousa Beatriz Ruivo/FPT

A perseguição por um ranking que permita a entrada no quadro principal do Open da Austrália continua, embora lentamente, para Pedro Sousa que, nesta sexta-feira, garantiu mais alguns pontos, ao qualificar-se para as meias-finais do Maia Open. O número dois português tem assegurada a subida de mais três posições na tabela ATP, mas a incerteza quanto à entrada no primeiro torneio do Grand Slam de 2021 rivaliza com a das datas em que o torneio australiano se vai realizar.

Quanto à boa forma de Sousa (113.º ATP) não há dúvidas. O tenista lisboeta assinou mais uma excelente exibição, intercalada com um “apagão”, para derrotar o belga Kimmer Coppejans (179.º), por 6-2, 3-6 e 6-1. Sousa dominou o primeiro set, em que liderou por 4-0, só que Coppejans confirmou que é um adversário difícil – as duas anteriores vitórias de Sousa foram concluídas num tie-break – e aproveitou uma baixa de rendimento do adversário para vencer a segunda partida. No set decisivo, Sousa voltou ao seu melhor e nem enfrentou qualquer break-point.

“O primeiro e o terceiro sets foram os melhores que fiz neste torneio. Infelizmente, a meio do segundo set, tive um pequeno apagão e ele ganhou três ou quatros jogos seguidos. Tenho de corrigir isso: se calhar frente a outro jogador não iria a tempo de dar volta. Quando fiz o 1-1 mudei a situação e o terceiro set foi praticamente perfeito”, reconheceu o vencedor.

Para além das qualidades do fundo do court, Sousa serviu muito bem e até assinou seis ases, facto curioso tendo em conta as condições de jogo lentas. “O serviço tem sido das pancadas que tem vindo a melhorar. Talvez por ser um court coberto, facilita essa pancada. Se me sentir sólido do fundo do court, tanto de direita como de esquerda sou um jogador difícil. Às vezes, também falho, mas não posso meter todas”, admitiu.

Nas meias-finais, Sousa defronta o espanhol Bernabé Zapata Miralles (155.º), que na ronda inicial derrotou Nuno Borges e, ontem, eliminou o cabeça de série n.º4, Henri Laaksonen (135.º), por 6-2, 3-6 e 6-4. “Depois da quarentena, ele voltou em grande forma, ganhou um torneio e fez mais uma final, ganhou a jogadores bons, é um jogador muito perigoso. Já o era antes, mas parece que agora tudo se alinhou, ele diz que perdeu peso e trabalhou muito o físico na quarentena. Antes descontrolava-se, mas agora está melhor também nesse aspecto, não tem nenhum buraco. Vai ser muito complicado”, adiantou o tenista mais cotado ainda em prova no Maia Open.

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