Web Summit 2020: Inovação, inclusão e liderança feminina em destaque

Nesta edição fala-se de evolução tecnológica mas também de padrões sociais e laborais. Catherine Chen, Corporate Senior Vice President e Director of the Board da Huawei, falou sobre a importância de existirem mais mulheres em cargos de liderança na tecnologia, e de como a Europa está a dar o exemplo.

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D.R.

O mundo vive uma pandemia, e ao mesmo tempo pode estar também a testemunhar aquele que pode vir a tornar-se no maior evento tecnológico de sempre a decorrer online. O Web Summit 2020 conta com mais de 100 mil pessoas ligadas a um só domínio da Internet para conhecer as últimas inovações do mundo da tecnologia, discutir ideias relevantes e apresentar propostas e soluções criativas dentro do universo digital.

O segundo dia do Web Summit 2020 ficou marcado pela palestra de Frans Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE) e responsável pelo Pacto Ecológico Europeu, que no seu discurso evidenciou o facto de Portugal estar no topo dos países europeus mais promissores no processo de transição energética. Entre centenas oradores, destacaram-se as palestras da empresária e autora grega Arianna Huffington, da tenista norte-americana Serena Williams, de Eric Yuan, fundador e CEO da Zoom, e de Reid Hoffman, co-fundador da LinkedIn. De canal em canal, falou-se de inovação, inclusão, igualdade e sustentabilidade - palavras na ordem do dia, também dentro do espectro tecnológico.

Como parceira desta edição digital do certame tecnológico, a Huawei tem trazido à tona discussões e temas fracturantes acerca dos avanços desta nova era tecnológica, de forma criativa e pertinente. “We need more women leaders in the digital era” foi uma das principais palestras do dia, onde Catherine Chen apelou à urgência de equilibrar a presença da liderança feminina no universo digital.

“Na era digital, não precisamos só de mais mulheres representadas na indústria, precisamos de mais mulheres líderes”

Catherine Chen, Corporate Senior Vice President e Director of the Board da Huawei, baseou-se na sua experiência pessoal e profissional de quase 30 anos nesta área para trazer ao debate a importância do equilíbrio entre géneros para uma economia digital mais diversificada e inclusiva. “A igualdade de género não significa que mulheres e homens partilhem das mesmas mentalidades e comportamentos. Trata-se, sobretudo, de ter as mesmas oportunidades e os mesmos direitos que só podem provir de uma sociedade mais inclusiva, diversa e saudável” disse, acrescentando ainda que apenas cerca de 20% a 30% da mão-de-obra na indústria de Tecnologias de Informação e Comunicação correspondem a mulheres, que só por si têm pouca expressão quanto à presença no mercado laboral.

Depois de ter tecido elogios aos avanços da Europa nesta área, a porta-voz da Huawei resumiu em três pilares o caminho para a representatividade igualitária no universo laboral tecnológico: a existência de mais políticas de apoio para as mulheres neste sentido, a urgência das próprias mulheres em rejeitarem os estereótipos existentes na indústria de tecnologia, e o reforço da educação e formação em competências digitais. “Esperamos que surjam mais mulheres brilhantes na indústria de tecnologia para um futuro mais igual, aberto e diverso”, concluiu.