Pedro Sousa é o último sobrevivente no Maia Open

Gastão Elias, eliminado pelo compatriota, e Frederico Silva falharam o acesso aos quartos-de-final da prova.

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Pedro Sousa DR

“Tenho plena noção de que sem ser o Pedro era difícil arranjar muitos jogadores que me conseguissem ganhar esta semana”, afirmou Gastão Elias após a segunda derrota consecutiva diante do amigo Pedro Sousa, nesta quinta-feira, no Maia Open. Ao contrário do confronto de há sete semanas, no CIF, ambos jogaram um ténis de alto nível, com os pontos mais importantes a caírem para o lado do número dois português, que assim chegou aos quartos-de-final do Maia Open.

Durante os dois longos sets, Sousa (113.º) foi um pouco mais consistente do que Elias (429.º) e acabou por ser o mais feliz no final de uma hora e 50 minutos: 6-2, 6-4. “O resultado não mostra o quão duro foi, todos os jogos foram disputados, qualquer um podia ganhar. É verdade que no segundo, com dois breaks, podia ter aproveitado e começou a cair para o lado dele, mas consegui dar a volta. Estão condições muito lentas e tentar fazer winners ou desequilibrar é um risco muito grande e, como nos conhecemos muito bem, estávamos a anular um ao outro, pontos muito grandes, tentar esperar pela bola certa e, às vezes, essa bola vinha tarde, o campo também tinha ressaltos menos bons. Felizmente, tive um bocadinho mais de sorte”, admitiu Sousa.

Conformado com o desfecho, mas igualmente satisfeito com o nível apresentado – que o deixam bastante optimista e confiante quanto à obtenção de melhores resultados em 2021 –, Gastão Elias elogiou as qualidades do amigo: “O que fez a diferença foi a esquerda paralela do Pedro, talvez a bola que saiu do padrão de jogo que estávamos a ter; é uma das melhores do circuito. Também esteve muito bem nos amorties, que viraram o segundo set.”

Nos quartos-de-final do torneio do Challenger Tour, Pedro Sousa vai encontrar um adversário que conhece bem, o belga Kimmer Coppejans (179.º) – que beneficiou da ausência na segunda ronda do italiano Marco Trungelliti, forçado a entrar em quarentena, depois de o seu treinador ter acusado positivo ao covid-19. “Ele é muito sólido, forte fisicamente, devolve muitas bolas e responde bem e nestas condições vai ser muito difícil”, adiantou Sousa, que venceu três dos cinco duelos anteriores com Coppejans, incluindo os dois últimos, ambos em 2019.

Menos sorte teve Frederico Silva (183.º no ranking), vítima do experiente Andrea Arnaboldi (276.º), que se impôs ao fim de duas horas e 47 minutos: 2-6, 6-4 e 7-5. No terceiro set, o italiano de 32 anos parou o encontro por duas vezes, ambas quando estava a servir e a perder por 0-30, a queixar-se de pequenos problemas físicos.

“Foi um encontro fisicamente exigente, que acabou por se tornar mentalmente mais exigente do que seria normal por todas as situações que houve no terceiro set. Não percebi o que aconteceu, mas não me espanta, pois sei que é um jogador que gosta de desestabilizar. Espantou-me mais a passividade do árbitro que, sabendo que não havendo problema nenhum, deixou desenrolar por mais tempo do que devido. Não foi por isso que perdi; fiquei chateado mais por não ter aproveitado as oportunidades que tive no terceiro set”, disse Frederico Silva, após encerrar uma época marcada pela estreia numa final do Challenger Tour, no domingo passado, em São Paulo.

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