Nuno Borges encerra época em casa

Mais quatro portugueses em acção na terça-feira no Maia Open.

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Beatriz Ruivo/Maia Open

O facto de jogar em casa não beneficiou Nuno Borges, o mais jovem da representação portuguesa no quadro principal do Maia Open, um dos dois últimos torneios do Challenger Tour em 2020. O tenista maiato de 23 anos entrou este ano no top 400, mas a confiança e qualidade do seu jogo não foram suficientes para ultrapassar a maior experiência do espanhol Bernabe Zapata Miralles, já detentor de um título challenger e mais adaptado às exigências da terra batida.

“Senti que não consegui manter o nível do primeiro set e depois não tive pernas e ténis para o acompanhar. Ele tem uma rodagem superior nestes torneios apesar de ter a minha idade. Já deve ter jogado mais challengers do que eu joguei futures e isso, a longo prazo, ajuda no encontro. Preciso de manter o nível para a próxima conseguir estar taco a taco, mesmo depois de perder um set duro”, resumiu Borges (398.º ATP).

Encontro até começou de forma equilibrada, com uma troca de breaks, até que o tenista luso serviu a 5-6, 30-0. Mas o set acabou por cair para Zapata Miralles (155.º). O espanhol aproveitou a vantagem para dominar o segundo set, até fechar, com os parciais de 7-5, 6-1.

“Perder na Maia dói mais, sobretudo porque é o último torneio do ano. Gostava de ter saído daqui melhor, mas também não posso estar à espera de ganhar os jogos todos”, afirmou Borges que “cresceu” no circuito universitário dos EUA antes de, este ano, se dedicar a 100% ao circuito profissional. 

Borges, que ainda vai competir em pares, ao lado do amigo Francisco Cabral, dá por encerrada a época em singulares, durante a qual somou três títulos e disputou mais três finais no circuito internacional. “Dificilmente teria sido melhor. É impossível ganhar sempre e saio com a sensação que praticamente ganhei todos os jogos. Joguei pouco mas aproveitei bem e estou extremamente satisfeito. Nunca pensei chegar ao top 400”, frisou.

Embora ainda não haja certezas quanto ao calendário para 2021, Borges tem um objectivo bem definido: “jogar o máximo de torneios desta categoria que pudesse, mesmo que tenha de jogar o qualifying.”

Nesta terça-feira, entram em acção Pedro Sousa (segundo cabeça de série), João Domingues, Gonçalo Oliveira e Gastão Elias.

Já Frederico Silva terá a possibilidade de estrear-se somente na quarta-feira, já que esteve a competir no Brasil, onde, no domingo, disputou pela primeira vez uma final do Challenger Tour. O tenista nascido há 25 anos nas Caldas da Rainha perdeu o derradeiro encontro em São Paulo, por 6-2, 7-6 (7/1), para o brasileiro Felipe Meligeni (306.º) – sobrinho do ex-25.º mundial, Fernando Meligeni. Graças a esta boa semana, Silva chega à Maia na 183.ª posição do ranking, depois de um salto de 20 lugares.

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