Mourinho e Tottenham dão “aula” ao Man. City e já lideram a Liga inglesa

Com este resultado, o Tottenham subiu, à condição, à liderança da Liga inglesa, enquanto o City fica já a oito pontos do primeiro lugar e pode terminar a ronda na segunda metade da tabela.

Lo Celso celebra o segundo golo do Tottenham
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Lo Celso celebra o segundo golo do Tottenham Reuters/CLIVE ROSE
Pep Guardiola desagradado com o resultado deste sábado
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Pep Guardiola desagradado com o resultado deste sábado LUSA/Neil Hall / POOL
Mourinho já é líder da Liga inglesa
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Mourinho já é líder da Liga inglesa Reuters/NEIL HALL

Neste sábado, em Londres, o Manchester City pôde assistir a uma “aula” e aprender uma lição importante: no futebol vale mais querer bem do que querer muito. E a equipa sentiu-o na pele.

O Tottenham venceu o jogo grande da jornada 9 da Liga inglesa, por 2-0, numa partida em que o Manchester City dominou e somou vários remates, mas fê-los quase sempre sem grande engenho e sem particular perigo. A equipa de José Mourinho, por outro lado, atacou pouco (e fez apenas dois remates), mas atacou bem. E venceu numa autêntica lição de como contra-atacar.

Com este resultado, o Tottenham subiu, à condição, à liderança da Premier League (o Leicester só joga neste domingo, frente ao Liverpool), enquanto o City fica já a oito pontos do primeiro lugar e pode terminar a ronda na segunda metade da tabela.

Tudo como esperado

Entre Tottenham e Manchester City ninguém esperaria algo diferente do que se passou em Londres. Com cada equipa no seu “ambiente” preferido, o City controlou a partida com bola, em permanente ataque posicional no meio-campo adversário, enquanto o Tottenham assumiu um bloco defensivo coeso e relativamente baixo, com “setas” no ataque prontas a explorar a profundidade.

Sagaz na escolha dos momentos de atacar, o Tottenham fez, logo aos 5’, o que tem feito semana após semana: Harry Kane baixa em apoio frontal, arrastando um dos centrais, e um dos alas surge em diagonal na zona deixada livre pelo defesa arrastado.

Laporte foi o “réu” e precipitou-se na pressão a Kane, deixando um espaço grande para João Cancelo e Rúben Dias cobrirem. Aproveitou o coreano Son, que surgiu isolado, finalizou na cara de Ederson e fez o 11.º golo em 14 jogos na temporada.

Se o Tottenham já estava decidido a defender, mais ainda ficou após o golo. O City controlou a partida e teve vários lances dentro da área adversária, mas o momento da finalização foi quase sempre forçado e sem boas probabilidades de sucesso – descontando um lance finalizado por Laporte, aos 27’, mas invalidado por mão na bola de Gabriel Jesus.

Também o Tottenham teve um golo anulado – a Kane, aos 13’ –, numa jogada colectiva tremenda e que voltou a mostrar o perigo londrino nas transições.

Aos 65’, o City perdeu a bola com a equipa muito balanceada para o ataque. E não é difícil prever o que aconteceu. Num quatro contra quatro, Kane conduziu pelo centro, com opções à esquerda e à direita. Escolheu a esquerda e Lo Celso, em campo há meros segundos, finalizou a lição de contra-atacar dada pelo Tottenham.

O Tottenham não atacou muito – fez cerca de um terço dos ataques do City –, mas fê-lo quase sempre bem. O City quis muito, mas quis quase sempre mal – 19 remates no jogo, mas apenas quatro à baliza. 

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