Itália e Bélgica têm na mão a estreia na final four da Liga das Nações

Dos restantes jogos desta quarta-feira espera-se ainda luta cerrada pelo acesso ao “lago dos tubarões”, a primeira divisão da Liga das Nações. Áustria, Escócia, País de Gales e Rússia partem na pole position.

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Bélgica e Dinamarca terão duelo corpo-a-corpo nesta quarta-feira DR

Uma vitória frente ao adversário mais frágil do grupo, no caso da Itália, e um mero empate frente à Dinamarca, no caso da Bélgica. É isto que separa as formações de Roma e Bruxelas da final four da Liga das Nações. Um cenário que coloca as selecções com um pé e meio na fase decisiva da competição – na qual seriam ambas estreantes –, mas falta, nesta quarta-feira, colocarem o restante “meio pé”.

É nesse sentido que a Itália vai atravessar o Adriático numa viagem não muito longa até Sarajevo. Na capital bósnia, a equipa de Roberto Mancini defrontará um rival que não só já não pode ir à final four como até já tem confirmada a descida ao segundo escalão da Liga das Nações.

O contexto parece agradável aos ouvidos italianos, mas não há margem para deslizes: um empate na Bósnia coloca a Itália à mercê do que se passar no Polónia-Países Baixos. Os holandeses, vice-campeões da prova (derrotados por Portugal na final de 2019), estão a apenas um ponto da liderança italiana, enquanto os polacos estão a dois. Ambas as equipas, portanto, com claras possibilidades de capitalizarem um deslize italiano.

Mais a Norte, em Bruxelas, a Bélgica não precisa de tantos cuidados. É certo que tem um duelo directo pelo apuramento, frente à Dinamarca, mas a vantagem de dois pontos no topo do grupo dá margem para que um empate seja suficiente para ser o representante do grupo B na final four – seriam, igualmente, estreantes nesta fase. Para trás está já a Inglaterra, sem hipóteses de apuramento.

Dos restantes jogos espera-se ainda luta cerrada pelo acesso ao “lago dos tubarões”. Joga-se também nesta quarta-feira a subida à Liga A, a primeira divisão da Liga das Nações, sendo que Áustria (vantagem de três pontos), Escócia (um ponto), País de Gales (um ponto) e Rússia (em igualdade com a Hungria) partem na pole position.

O objectivo da competição

Quando foi criada a Liga das Nações, uma das ideias-chave era permitir o crescimento de selecções frágeis – dando-lhes competição do seu nível, primeiro, e permitindo-lhes, mais tarde, em caso de sucesso, subirem para o patamar seguinte.

Na Liga C, e descontando o grupo 3, no qual a decisão está entre as já “batidas” Eslovénia e Grécia, esta quarta-feira poderá ver acontecer tudo aquilo que se planeou para a Liga das Nações – e que já se verificou no grupo 1 desta Liga, com a subida de divisão de Montenegro, e na Liga D, com as subidas de Ilhas Faroé e Gibraltar.

Macedónia do Norte, Arménia e Geórgia, no grupo 2, e Bielorrússia e Albânia, no 4, podem carimbar a subida à Liga B, na qual terão um patamar mais competitivo para mostrarem (ou não) que cresceram o suficiente para subirem de nível.

Sejam quais forem os apurados, é certo que, na próxima edição da prova, teremos selecções pouco cotadas a poderem lutar pelo acesso à primeira divisão da Liga das Nações.

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