Rio quis cair na armadilha de Costa

Rui Rio, que tem uma pele para salvar e um partido para sustentar, está apenas a responder ao mesmo instinto de sobrevivência de António Costa em 2015. Se Costa fingiu que todas esquerdas têm um destino comum, Rio finge que todas as direitas também o têm.

Em 2015, António Costa declarou que o espectro partidário se dividia em dois blocos, estanques e incomunicáveis. Um à esquerda, outro à direita. Pura fantasia: o PS não estava mais próximo do BE ou do PCP do que do PSD, assim como o PSD não estaria inevitavelmente mais longe do PS do que de qualquer partido que existisse ou viesse a surgir à sua direita. Nos temas estruturantes – a integração europeia, a gestão financeira da República ou a articulação entre o Estado Social e a economia de mercado – o sistema fracturava-se entre o PS e os restantes partidos à sua esquerda, não entre o PS e o PSD.

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Em 2015, António Costa declarou que o espectro partidário se dividia em dois blocos, estanques e incomunicáveis. Um à esquerda, outro à direita. Pura fantasia: o PS não estava mais próximo do BE ou do PCP do que do PSD, assim como o PSD não estaria inevitavelmente mais longe do PS do que de qualquer partido que existisse ou viesse a surgir à sua direita. Nos temas estruturantes – a integração europeia, a gestão financeira da República ou a articulação entre o Estado Social e a economia de mercado – o sistema fracturava-se entre o PS e os restantes partidos à sua esquerda, não entre o PS e o PSD.