José Manuel Barata-Feyo é o novo provedor do Leitor do PÚBLICO

Leitores do PÚBLICO voltam a ter um interlocutor permanente quatro anos depois. Jornalista e escritor tem um longo currículo associado à grande reportagem e ao jornalismo televisivo.

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José Manuel Barata-Feyo, 73 anos, sucede a José Paquete de Oliveira como provedor Miguel Silva

Após quatro anos de vazio, os leitores do PÚBLICO vão poder voltar a dispor de um provedor. A escolha da Direcção Editorial, aprovada pelo Conselho de Redacção, recaiu em José Manuel Barata-Feyo, jornalista e escritor, com um longo currículo associado à grande reportagem e ao jornalismo televisivo.

De acordo com o seu estatuto, o provedor do Leitor do PÚBLICO tem como principal missão ser “um interlocutor permanente, independente e responsável pela defesa dos seus direitos”. Para lá de “atender, analisar e encaminhar as dúvidas, queixas e sugestões dos leitores”, o provedor tem a responsabilidade de “aumentar a confiança dos leitores no seu jornal diário” e de “tornar mais transparentes os processos e decisões jornalísticos que intervêm na produção das notícias”. O seu mandato tem a duração de um ano e o seu exercício é independente da administração ou da Direcção Editorial do jornal.

José Manuel Barata-Feyo nasceu em 1947 na Soalheira, Beira Baixa. Foi assistente do director para a Europa, África e Médio Oriente do New York News Service em Paris. Em 1976 inicia a sua colaboração com a imprensa portuguesa como correspondente de O Dia na capital francesa. Como jornalista freelancer fez reportagens em África, até que, em 1978, integrou a secção portuguesa da Radio France Internationale, assumiu o cargo de correspondente da agência Anop e colaborou com o diário Libération.

Em 1980 regressou a África para uma série de reportagens para a RTP2, antes de, ainda em 1980, assumir o cargo de subdirector de Informação desse canal. Em 1981 lança o programa Grande Reportagem na RTP 1. Uma dessas reportagens, realizada em Angola nos terrenos controlados pela UNITA, é suspensa e Barata-Feyo proibido de entrar nas instalações da RTP durante ano e meio – a reportagem acabaria por ser transmitida por imposição do Conselho de Comunicação Social da Assembleia da República.

Antes de regressar à RTP em 1987, lança a revista Grande Reportagem. Na televisão pública foi entretanto autor dos programas de reportagem Portugal Sem Fim e Sinais do Tempo. Foi novamente subdirector de Informação da RTP com Joaquim Furtado, em 1995, quando lançou os programas Enviado Especial (reportagem), Bombordo (mar), Rumo à Lua (ciência e tecnologia), 9.º Oeste (ambiente) e O Lugar da História.

Em 2000 vai para Castelo Branco coordenar o centro regional da RTP até que, na sequência de um artigo de opinião sobre Armando Vara, cessa essas funções por determinação da administração. Em 2003 abandona a RTP e, para lá de continuar ligado ao jornalismo, tendo prefaciado e anotado vários ensaios, publicou, entre outras obras, O Grande Embuste (Clube do Autor, 2012), A Sombra dos Heróis (Clube do Autor, 2019) e coordenou a colectânea Grande Reportagem (Oficina do Livro, 2006). Estreou-se no romance com A Última Missão (Clube do Autor, 2015).

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