Em Alcântara, há palácios que nos oferecem uma viagem no tempo

A Lisbonweek, evento que era de uma semana, espraiou-se por quatro meses e, ao longo de oito fins-de-semana, propõe-se a desvendar os segredos do bairro lisboeta — os que se seguem, no último fim-de-semana de Novembro e no segundo de Dezembro, estão guardados em palácios e palacetes que contam sumarentas estórias.

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Ruas em que quem se cruza se cumprimenta, jardins onde as mesas ainda se enchem em torno de uma jogatana — mesmo que as caras se escondam atrás de máscaras, impedindo talvez um sinal ou outro. As mercearias labutam tranquilamente e pelas pastelarias de ruas mais ermas trocam-se dois dedos de conversa, com os sacos das compras poisados, entre uma empada e um chá. Fora das suas artérias principais, Alcântara vive dias serenos. Sobretudo porque, mesmo noutros anos, em que o mundo não se via a braços com uma pandemia, que tem anulado o turismo, é uma zona da cidade em que os tuk-tuks pouco se vêem. “Não se trazem turistas a Alcântara”, admite António, que se encarrega de conduzir a viatura alva em que entramos, já depois de um estômago aconchegado por uma empada de camarão no Café Dias, para uma pequena incursão por um bairro que se quer dar a conhecer ao longo de quatro meses, no âmbito da Lisbonweek.

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