Jorge Jesus confirma fim do fair-play do Benfica em jogos internos

O treinador “encarnado” falou na antevisão do jogo frente ao Rangers, para a Liga Europa (17h55, SIC).

Foto
Jorge Jesus fez a antevisão do jogo frente ao Rangers LUSA/Jakub Kaczmarczyk

Jorge Jesus, treinador do Benfica, confirmou nesta quarta-feira que os “encarnados” vão deixar de fazer sempre devoluções de bola e paragens de jogo quando os adversários precisarem de assistência médica.

Questionado sobre esta decisão interna – veiculada na imprensa desportiva desta quarta-feira como uma reacção ao antijogo do Boavista, em particular, e da I Liga, em geral –, o técnico do Benfica não só não negou como detalhou que a medida apenas se aplica aos jogos das competições internas e não nas competições europeias.

“[Antijogo] Acontece mais no futebol português e em países com futebol pouco evoluído. Nas competições europeias essa questão não se coloca, logo isso não vai acontecer. Nos jogos internacionais não acontece tanto antijogo. As equipas jogam mais com os conhecimentos e valor que têm a nível táctico e não entram em situações de quebra de ritmos nem paragens constantes no jogo”, explicou, na antevisão da partida desta quinta-feira frente ao Rangers, para a Liga Europa (17h55, SIC).

Sobre o duelo europeu, Jesus assumiu que vê Rangers e Benfica com o apuramento para a fase seguinte quase garantido, considerando que este é um jogo que vai definir o líder do grupo.

“Penso que vai definir a classificação do primeiro ou segundo nesta fase de grupos. Se vencermos, damos um pulo. Mas o Rangers vai ser, de certeza, o adversário mais forte que encontrámos até agora”, elogiou, antes de analisar o adversário: “Tem um sistema 4x3x3 bem diferenciado das outras equipas, um bocadinho parecido com o do Liverpool. Normalmente, as equipas em 4x3x3 passam mais a um 4x5x1, eles é mesmo um 4x3x3, com e sem bola”.

Por fim, o técnico deixou em aberto a possibilidade de fazer alterações no “onze”, fruto do cansaço e do acumular de jogos. “O cansaço é consequência de quatro jogos e as pernas começam a pesar. Tens de saber gerir isto. Apesar de eu não gostar muito de mudar, tenho de arranjar outras formas para ultrapassar essa variante do jogo, que é normal”.

Sugerir correcção