Iraquianos voltam às ruas em aniversário de protestos

Centenas de pessoas juntaram-se em Bagdad e noutras províncias do Iraque tentando reavivar o movimento de contestação.

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Manifestantes querem justiça para os mortos durante os protestos que começaram há um ano EPA/MURTAJA LATEEF
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Reuters/THAIER AL-SUDANI
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A praça Tahrir, em Bagdad, juntou centenas de pessoas a assinalar o aniversário de um ano sobre o movimento de protesto que levou à queda do primeiro-ministro iraquiano, e tentar reavivá-lo a contestação. “As nossas reivindicações não foram ouvidas”, diziam.

Há um ano surgiu o maior protesto no Iraque desde a queda de Saddam Hussein em 2003, em especial nas zonas xiitas. Os manifestantes queriam serviços básicos, oportunidades de emprego e o fim da corrupção, incompetência e a lealdade que, acusam, os governantes têm para com o Irão e não para com os iraquianos.

“Hoje é um dia importante porque se assinala um ano desde 25 de Outubro, e a nossa revolução pela qual demos o nosso sangue e sacrificámos muitos mártires”, disse um dos manifestantes, Muntather Mahdi, 24 anos, à estação de televisão Al-Jazeera, do Qatar. “Uma das nossas principais reivindicações é que quem matou e raptou seja trazido perante a justiça”, disse, referindo-se às mortes entre manifestantes e integrantes do movimento, que não tem líderes, pelas forças de segurança.

“Hoje é uma continuação do que começámos no ano passado”, disse Ali Shimmari, de 26 anos. “As nossas reivindicações não foram atendidas.” 

No ano passado, cerca de 600 manifestantes foram mortos e milhares de feridos em confrontos com as forças de segurança, e com a pandemia, o movimento foi perdeu força.

Antes disso, ainda forçaram a demissão do então primeiro-ministro, Adel Abdul Mahdi. Este acabou por ser substituído por Mustafa al-Kadhimi, que prometeu responder aos pedidos dos manifestantes. Mas até agora, sublinha a Al-Jazeera, pouco mudou.

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