Tim Wellens vence 5.ª etapa da Volta a Espanha

Fuga de Sepp Kuss e caos provocado por queda antes da meta, com Dan Martin, segundo da geral, envolvido, marcaram tirada em que Primoz Roglic manteve a liderança.

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Tim Wellens celebrou vitória na Vuelta LUSA/KIKO HUESCA

Uma fuga com “intrusos” bem colocados na geral e a vitória do belga Tim Wellens (Lotto Soudal) marcaram a quinta etapa da Volta a Espanha em bicicleta, antes de uma queda lançar o “caos” na chegada à meta.

Wellens cumpriu os 184,4 quilómetros entre Huesca e Sabiñanigo em 4h19m24s, fazendo vingar a fuga e chegando quatro segundos à frente do francês Guillaume Martin (Cofidis), segundo, e 12 diante do holandês Thymen Arensman (Sunweb), terceiro.

O mais rápido dos homens da geral foi o líder, Primoz Roglic (Jumbo-Visma), quarto classificado, numa chegada marcada por uma queda que afectou o irlandês Dan Martin (Israel Start-Up Nation), segundo da classificação.

As diferenças de tempo foram anuladas pelo colégio de comissários, pelo que Roglic continua líder com cinco segundos de vantagem para Martin, com o equatoriano Richard Carapaz (Ineos) em terceiro, a 13.

Num dia que muitos ciclistas tentaram a fuga, as lutas marcaram a primeira metade da etapa, com Rui Costa (UAE Emirates) numa primeira tentativa e Nélson Oliveira (Movistar) na segunda.

Nesse último grupo seguia o “intruso" Sepp Kuss (Jumbo-Visma), sexto na geral e colega de equipa do camisola vermelha, que fez por manter-se na frente o máximo possível para obrigar as equipas adversárias a trabalhar.

A jornada acabou por rolar até à meta sem mais atribulações, com Wellens, Arensman e Martin a disputarem a vitória na última subida até à meta.

Quando parecia que o jovem holandês levava vantagem, Wellens, que já tinha vencido duas etapas na Volta a Itália, uma em 2016 e outra em 2018, mostrou-se mais experiente e impôs-se em Sabiñanigo, passando ainda a liderar a classificação da montanha.

Atrás, a queda de um Movistar, num momento caótico de colocação para a meta, em que o pelotão procurava evitar cortes de tempo, não afectou Roglic, que seguiu para o quarto lugar, mas “apanhou” Dan Martin e dezenas de outros ciclistas, com a organização a poupar males maiores ao anular as diferenças de tempo.

Nelson Oliveira foi o único português no “top 100” da etapa, no 60.º lugar, e subiu a 65.º na geral, na qual Rui Costa caiu 11 posições, para 42.º, após cortar a meta em 101.º.

Ricardo Vilela foi 111.º e caiu para o 108.º posto na geral, enquanto os irmãos Rui Oliveira e Ivo Oliveira, ambos da UAE Emirates, cortaram a meta juntos, respectivamente em 145.º e 146.º, com Ivo em 145.º na geral e Rui no 151.º.

No domingo, a sexta etapa, refeita por não poder passar por França, devido à pandemia de covid-19, liga Biescas ao Formigal, numa chegada em alto no final de 146,4 quilómetros.

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