Inglês vai ser componente opcional do teste PISA

O teste que avalia os alunos de 15 anos dos países da OCDE quer incluir dados sobre ensino de línguas estrangeiras. As provas vão ser elaboradas pela Cambrige Assessment English, um departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

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Componente opcional será introduzida no teste de 2025 Daniel Rocha

A partir de 2025, o teste internacional PISA vai passar a incluir uma componente opcional para avaliar as competências dos estudantes um pouco por todo o mundo na língua inglesa. O objectivo é perceber o à-vontade dos jovens que fazem os testes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em línguas estrangeiras, podendo o inglês servir de ponto de partida, já que se admite a inclusão de outros idiomas nas edições seguintes. Os testes vão ser elaborados pela Cambrige Assessment English, um departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

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A partir de 2025, o teste internacional PISA vai passar a incluir uma componente opcional para avaliar as competências dos estudantes um pouco por todo o mundo na língua inglesa. O objectivo é perceber o à-vontade dos jovens que fazem os testes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em línguas estrangeiras, podendo o inglês servir de ponto de partida, já que se admite a inclusão de outros idiomas nas edições seguintes. Os testes vão ser elaborados pela Cambrige Assessment English, um departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Programme for International Student Assessement (mais conhecido por PISA) lançado em 2000, é um exame aplicado a cada três anos aos alunos entre os 15 e os 16 anos nos países da OCDE de forma estudar e comparar as escolas e sistemas de ensino em temas chave, como matemática, ciências e leitura. A cada edição, cerca de 600 mil alunos num total de 79 países são seleccionados aleatoriamente para responder às questões daquele que é o maior estudo do estado da educação a nível global. Portugal marcou presença em todas as avaliações que não pretendem analisar o domínio que os alunos têm dos currículos com que aprenderam, mas sim se conseguem mobilizar os seus conhecimentos na resolução de situações do dia-a-dia.

Em comunicado, Andreas Schleicher, director para a educação e competências da OCDE considera que a aprendizagem de línguas que não a nativa representa “uma ferramenta poderosa para facilitar a cooperação global e o entendimento multicultural”. Assim, a nova componente do PISA permitirá avaliar “a progressão” dos esforços dos governos que têm apostado no ensino de línguas estrangeiras, ao mesmo tempo que os compara com “as políticas e práticas dos sistemas de educação mais avançados”.

Segundo a Cambrige Assessment English, mais de sete milhões de pessoas de 130 países atestam as suas competências na língua estrangeira todos os anos através das suas provas, com os diplomas a serem aceites internacionalmente por milhares de empresas, universidades e entidades públicas.

Para Hanan Khalifa, directora para a transformação e impacto na educação da CAE, a inclusão da componente vai combater a falta de “uma abordagem sistemática à educação de línguas nas escolas” que pode “ajudar a moldar as políticas de educação a um nível nacional ou regional”.

A última edição do PISA foi realizada em 2018 e os resultados conhecidos no ano seguinte mostraram descidas nas médias dos alunos portugueses nas ciências e na leitura, ainda que se mantenham acima da média da OCDE. O teste seguinte deveria ser aplicado em 2021, três anos depois do anterior, mas devido à pandemia de covid-19, as datas foram empurradas para 2022 e 2025.