Casamentos em queda abrupta, principalmente os católicos

Fosse porque os ajuntamentos estiveram proibidos ou porque a pandemia espalhou o medo ao mesmo tempo que fechou igrejas e conservatórias, os casamentos caíram drasticamente. Mas o terceiro trimestre de 2020 já mostra um aumento dos que prometem ficar juntos na saúde e na doença.

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O cancelamento ou adiamento dos casamentos foi mais notório na modalidade católica Pedro Cunha (arquivo)

Nem desfile rumo ao altar nem promessas de permanecerem juntos até que a morte os separe: ao contrário dos divórcios, cujo aumento começa só agora a anunciar-se nas estatísticas oficiais, os casamentos caíram abruptamente ao longo de 2020. Em 2019 houve 39.461 casamentos civis e católicos. Este ano existiram apenas 16.195 casamentos celebrados entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro. Analisando o período homólogo a quebra é de 58,6%. Mesmo considerando que ainda faltam três meses até ao final do ano, não subsistem dúvidas de que 2020 vai aparecer nas estatísticas como um dos piores anos em termos de enlaces matrimoniais. Em 2019, houve 11.860 casamentos no terceiro trimestre. Teriam de existir mais de 23 mil matrimónios até ao final de 2020 para chegar aos valores do ano passado. 

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