Pedro Lencart e Leonor Medeiros conquistam Taça FPG

Em duas finais empolgantes no Montado batem Ricardo Garcia e Ana da Costa Rodrigues

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Pedro Lencart e Leonor Medeiros inscreveram os seus nomes naquele que é um dos dois 'majors' do golfe amador português © Vasco Vilhena/GolfTattoo/FPG

O atleta do Club de Golf de Miramar, de 20 anos, derrotou o açoriano Ricardo Garcia, do Clube de Golfe da Ilha Terceira, por 4/3, ao passo que a representante da Quinta do Peru se impôs perante Ana da Costa Rodrigues, de Miramar, por 2/1.

Para Pedro Lencart, a primeira Taça do seu palmarés junta-se ao seu terceiro Campeonato conquistado há menos de duas semanas no Oporto Golf Club, para uma dobradinha em 2020 nos dois ‘majors’ do calendário amador português.   

“Gosto de ver o meu nome nesta Taça. Já tive alguns desgostos neste torneio, foi bom finalmente conseguir ganhar”, disse o vencedor, que reforça desta forma o primeiro lugar no Ranking Nacional BPI.   

“Foi uma desforra do ano passado”, comentou Lencart, referindo-se ao match das meias-finais da última edição, em Troia, em que perdeu para Garcia no 18.º e último buraco regulamentar.   

“Foi um ‘match’ muito intenso”, acrescentou em relação à final de hoje. “O Ricardo jogou um golfe incrível, teve momentos muito bons, de golfe muito alto, com muitos birdies – até fez um hole-in-one no 18 da volta da manhã. Nunca dei o torneio por ganho, porque, da forma como ele estava a jogar, podia acabar com 4 ou 5 birdies consecutivos e eventualmente forçar o ‘play-off’. Só quando acabou o último buraco é que relaxei e apreciei a vitória.”   

Ricardo Garcia marcou presença na final pelo segundo ano seguido, depois de ter eliminado nas meias-finais o jogador que o havia batido no match decisivo de 2019, Vasco Alves, do Oporto.   

O seu hole-in-one aconteceu no buraco 18 da volta matinal, um Par 3 com um green em forma de ilha, rodeado por água. Foi o primeiro “ás” da sua vida, permitindo-lhe, nessa altura, reduzir a desvantagem para Lencart de 2 down para 1 down, antes da volta da tarde.   

“Fiz tudo o que pude. Não deu. Jogámos os dois muito bem, mas o Pedro foi mais forte”, reconheceu o terceirense, de 19 anos, que fez questão de agradecer todo o apoio que recebeu, em particular dos seus conterrâneos dos Açores. “Tive muita gente a puxar por mim, recebi muitas mensagens de apoio, e quero desde já agradecer a todos. Mesmo o meu segundo lugar foi motivo de orgulho para eles.”   

Tal como Pedro Lencart na prova masculina, Leonor Medeiros  venceu na Taça da Federação – BPI na primeira vez que chegou à final, batendo Ana da Costa Rodrigues (Miramar), no 35.º buraco de jogo.  

“Estou muito orgulhosa, era um objetivo que eu tinha e conseguir cumpri-lo é sempre gratificante”, disse a vice-campeã nacional amadora, de 17 anos. “Este ano consegui passar para a fase de match play em primeiro lugar, isso facilitou-me um bocadinho a vida, no sentido em que evitei as jogadoras mais fortes nos primeiros encontros. E depois o meu jogo nesta semana esteve muito bom, muito sólido, coisa que o ano passado [em Troia] não esteve.”   

Numa partida a 36 buracos, Leonor concluiu os 18 buracos matinais a ganhar por 4 up, e ao fim dos primeiros 9 buracos da tarde estava 5 up. Mas “Aninhas”, vice-campeã nacional sub-16, de apenas 15 anos, protagonizou uma grande recuperação e acabou por prolongar o jogo até ao penúltimo buraco regulamentar.   

“É obvio que fiquei com mais pressão, mas estive sempre muito confiante no meu jogo e a acreditar que o match iria cair para o meu lado”, afirmou a nova detentora da Taça, e sucessora de Rita Costa Marques (ausente por motivos escolares) na lista das vencedoras.   

Ana da Costa Rodrigues, apesar da derrota na final, fez um balanço positivo. Depois de ter deixado pelo caminho, nas meias-finais, a vencedora das edições de 2017 e 2018 e campeã nacional de 2020, Sofia Sá (Quinta do Lago), deu boa réplica nesta quarta-feira à campeã nacional de 2019.   

“Obviamente que queria ganhar, mas não deixa de ser a Leonor Medeiros que tinha pela frente, e acho que ter chegado à final e perder apenas ao fim de 35 buracos não é mau”, disse. 

 

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