O que mais pode acontecer?

A um mês das eleições, se a incerteza já era gritante, será a partir de agora muito maior.

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1. Não vale a pena tentar analisar a nova “surpresa de Outubro” das eleições presidenciais americanas da forma como olharíamos para as mesmas circunstâncias noutras quaisquer eleições de que nos lembremos em democracia. Nada na América de Trump é comparável com um mínimo de normalidade. Por muitas razões, das quais o personagem é causa e é consequência. Que o Presidente americano esteja infectado nem chega a ser uma surpresa. A não ser, talvez, para o próprio. Praticou - e fez gala disso - todos os comportamentos de risco que a ciência recomendou que fossem evitados. Gozou com o “medo” de Biden, sempre de máscara no seu “bunker” do Delawere. Multiplicou, incluindo nos últimos dias, os encontros com centenas de pessoas sem qualquer precaução. Disse as maiores barbaridades sobre a pandemia, muitas delas revelando uma profunda ignorância, inimaginável em alguém que mora na Casa Branca. Ao nível de Bolsonaro ou de Duterte, só que num país que é suposto ser o mais desenvolvido do mundo, nomeadamente em matéria científica. Fez da Casa Branca – um lugar por definição superprotegido – um foco activo de covid-19. Se há irresponsabilidade, ela tem o rosto do Presidente americano.

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