PCP quer regresso do público a todos os desportos e programa de apoio ao movimento associativo

Comunistas pedem programa de apoio extraordinário ao movimento associativo popular que “possibilite a compensação dos prejuízos financeiros e a retoma gradual e segura das suas actividades”.

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Nelson Garrido

Numa altura em que se preparam as experiências de regresso do público aos estádios de futebol nos jogos da selecção nacional e no jogo Santa Clara-Gil Vicente (neste sábado), o PCP quer que esse regresso gradual de público seja estendido a todos os eventos desportivos e se preparem programas de apoio à prática desportiva.

Em comunicado, o partido salienta que o movimento associativo popular, “com o encerramento de centenas de associações e a dispensa forçada de funcionários, treinadores, técnicos e formadores, vê a sua sobrevivência posta em causa”. “É a própria actividade desportiva de massas que está em risco, com gravosas consequências para centenas de milhares de pessoas, em especial os jovens”, vinca o PCP, alegando que, numa altura em que outras actividades vão retomando a “normalidade possível”, os eventos desportivos “continuam sem público nas bancadas”.

“As restrições impostas à actividade desportiva e à presença de público nos eventos desportivos, afectaram gravemente o movimento associativo popular, o desporto de competição, a formação desportiva e o desporto de alto rendimento com consideráveis perdas financeiras e impactos na economia nacional”, contabiliza o PCP.

Por isso, os comunistas dizem ser “urgente” a criação de um programa de apoio extraordinário ao movimento associativo popular que “possibilite a compensação dos prejuízos financeiros e a retoma gradual e segura das suas actividades”, assim como de um “programa de incentivo à prática desportiva e à normalização gradual das competições”. Mas nesse processo é preciso que sejam ouvidas as entidades nacionais do associativismo desportivo, que é quem “melhor conhece o território e a realidade desportiva”, em vez de as decisões serem tomadas apenas centralmente pelas entidades sanitárias.

Tal como fez para a Festa do Avante!, usando como um dos argumentos para a sua realização a necessidade de a população fruir a cultura e as diferentes expressões da vida em sociedade, o PCP insiste nessa ideia para defender o acesso ao desporto. “Ao contrário do que afirmam os propagandistas do medo, a vida tem demonstrado que é possível e desejável o convívio, o lazer e o exercício de direitos em articulação com o cumprimento das normas para a defesa da saúde. A importância da prática desportiva na saúde física e mental das pessoas e das comunidades é inquestionável”, lê-se no comunicado.

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