Estreias memoráveis para Rublev e Tsitsipas

Crise de confiança de João Sousa prolonga-se por Roland Garros.

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Andrey Rublev Reuters/FABIAN BIMMER

Dois dias depois de travarem uma enorme batalha na final do torneio de Hamburgo, Andrey Rublev e Stefanos Tsitsipas partilharam em Roland Garros um feito inédito: pela primeira vez, venceram um encontro depois de perderem os dois sets iniciais. Mas para Rublev, que chegou a Paris com o seu quinto título da carreira, as memórias deste encontro parisiense não foram as melhores.

“A minha atitude foi horrível, tive muita sorte. Se quero competir a um nível mais alto, isto não é aceitável, tenho de mudar”, reconheceu o russo após bater Sam Querrey (48.º), por 6-7 (5/7), 6-7 (4/7), 7-5, 6-4 e 6-3, em três horas e 17 minutos. Rublev (12.º) juntou a essa proeza a sua primeira vitória em Roland Garros, torneio que ganhou no escalão júnior, em 2014, mas que não pôde disputar nos dois últimos anos devido a lesões, primeiro nas costas, e em 2019, no pulso.

Stefanos Tsitsipas (6.º) levou menos cinco minutos para afastar o espanhol Jaume Munar (109.º), baseado na Academia Rafa Nadal, em Manacor: 4-6, 2-6, 6-1, 6-4 e 6-4.

Mais expedito foi Novak Djokovic, que cedeu somente cinco jogos ao número um sueco, Mikael Ymer (80.º): 6-0, 6-2 e 6-3. “Estas condições são diferentes das que estávamos habituados aqui, mas penso que se adaptam bem ao meu estilo de jogo. Diverti-me muito, acho que joguei bem. Estou pronto fisicamente, mentalmente e emocionalmente para ir longe no torneio”, afirmou o líder do ranking, autor de 25 amorties. “Talvez tenha feito demasiados, concordo”, admitiu Djokovic.

No dia em que se completaram sete anos sobre o triunfo em Kuala Lumpur – o primeiro título do ATP Tour conquistado por um português –, João Sousa (77.º) não conseguiu voltar aos sucessos e foi eliminado, por 7-5, 6-1 e 6-2, pelo eslovaco Andrej Martin (108.º), igualmente de 31 anos.

Continua, assim, o jejum de Sousa em quadros principais, já que os únicos encontros que o vimaranense ganhou em 2020 foram numa eliminatória da Taça Davis realizada em Março, na Lituânia, sobre um adversário fora do top 700, e duas rondas no qualifying do Masters 1000 de Roma, há duas semanas.

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