Tarde de desperdício e de despedida para o Benfica

“Encarnados” triunfam na Luz sobre o Moreirense por 2-0. Rúben Dias foi o capitão e marcou naquele que terá sido o seu último jogo pelas “águias”.

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Rúben Dias foi o capitão e marcou na sua provável despedida da Luz LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Tarde de desperdício e de despedida. Foi assim a vitória do Benfica neste sábado por 2-0 sobre o Moreirense, um triunfo mais tranquilo do que o resultado possa sugerir, tal o domínio avassalador que os “encarnados” exerceram e a quantidade gigante de oportunidades falhadas. E foi de despedida porque Rúben Dias fez o seu último jogo com a camisola do Benfica antes de rumar ao Manchester City, uma despedida cheia de simbolismo. Despediu-se do clube que representava desde os 11 anos com a braçadeira de capitão no braço e com um golo que foi importante.

Jorge Jesus tinha prometido um Benfica a jogar melhor, depois da goleada em Famalicão e teria pela frente um adversário habituado a bons resultados na Luz — vitória e empate nas duas últimas visitas. E os “encarnados” jogaram mais, marcaram foi menos. E aí, as responsabilidades foram repartidas: Pasinato defendeu quase tudo, mas os avançados “encarnados” não foram nada eficazes. Teve de ser um defesa a mostrar como se marcam golos.

Aconteceu aos 20’. Everton marcou o canto e Rúben Dias, nas alturas, fez o 1-0, lançando-se depois em festejos próprios de quem se está a despedir, rodeado por todos os colegas e dirigindo-se a Rui Costa para também celebrar com ele. Não precisava de o confirmar com palavras.

Rúben Dias, que chegou ao Benfica em 2008, com 11 anos, estava a encerrar um capítulo antes de se lançar noutro, o da Premier League e do Manchester City. E para além dos milhões, deixava mais uma prenda, um golo, o 12.º desde que chegou à primeira equipa pela mão de Rui Vitória em 2017.

O “patinho feio” marcou

Durante uma hora, o golo do capitão foi o único no jogo. Antes de haver mais, foram muitas as oportunidades criadas e falhadas pelos “encarnados”, tantas que seria cansativo enumerá-las todas. Basta dizer que a pontaria foi pouca e que Pasinato foi, de longe, o melhor em campo do Moreirense, que não teve grande mérito na derrota por números ligeiros com que saiu da Luz. Só por uma vez cheirou a baliza de Vlachodimos, aos 28’, num remate de Lucas Rodrigues que o guardião “encarnado” defendeu com estilo.

Quase toda a gente teve a sua oportunidade para marcar. Everton, Pizzi (que foi titular no lugar que tem sido de Taraabt), Rafa, Darwin e Waldschmidt, todos falharam mais do que uma vez. E quem é que marcou? O “patinho feio” Seferovic.

Aos 80’, Darwin ganhou em velocidade a Steven Vitória e deixou a bola à mercê do avançado suíço, que deu um pouco mais de colorido ao resultado, numa tarde que foi de ganhos e perdas para o Benfica. Ganhou o jogo, vai ganhar milhões com a transferência (e Otamendi) e vai ganhando consistência nesta segunda vinda de Jorge Jesus. Mas perdeu uma referência.

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