Benfica entra no campeonato com goleada e nota artística

Triunfo por 1-5 sobre o Famalicão na abertura da I Liga. Waldschmidt e Everton estrearam-se a marcar pelos “encarnados”.

Waldschmidt marcou dois golos na sua estreia a titular
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Waldschmidt marcou dois golos na sua estreia a titular LUSA/JOSE COELHO
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Festa dos jogadores do Benfica LUSA/JOSE COELHO
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Momento do jogo entre o Famalicão e o Benfica LUSA/JOSE COELHO
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Momento do jogo entre o Famalicão e o Benfica LUSA/JOSE COELHO
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A entrada das equipas em campo LUSA/JOSE COELHO
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Jorge Jesus LUSA/JOSE COELHO

O primeiro jogo oficial do Benfica versão 2020-21 foi uma falsa partida que teve custos elevados, a começar pelos milhões que já não irá ganhar na Liga dos Campeões. Muita coisa correu mal em Salónica e não foi apenas a finalização. Quatro dias depois, os “encarnados” compensaram essa falsa partida europeia com um arranque a toda a velocidade no campeonato, triunfando por 1-5 no jogo que abriu a nova temporada da I Liga, frente a um Famalicão que não passou das boas intenções e que sofreu muito com o apetite goleador dos “encarnados” e da vontade dos seus reforços milionários em mostrar serviço.

O único problema do Benfica frente ao PAOK não foi a finalização e Jorge Jesus, para este seu regresso ao campeonato português, corrigiu muita coisa para evitar outro passo em falso. Manteve a linha defensiva, mas mudou quatro do meio-campo para a frente – saíram Pizzi, Weigl, Pedrinho e Seferovic, entraram Gabriel, Rafa, Luca Waldschmidt e Darwin Nuñez.

O treinador benfiquista iria ter pela frente uma das melhores equipas da época passada, mas este Famalicão, pelo menos por enquanto e como seria bem evidente ao longo do jogo, está muito longe da equipa que brilhou na época passada – manteve o treinador, mas perdeu mais de meia equipa.

Um toque de classe de Waldschmidt

O Benfica não quis esperar para ver o que o jogo iria dar e entrou com tudo, muito ao estilo das equipas de Jesus, sem grandes floreados na circulação de bola e muita velocidade na chegada à baliza contrária. Aos 19’, a parceria uruguaio-germânica na frente de ataque “encarnada” começou a dar rendimento. Numa transição rápida, Nuñez (24 milhões) deu um toque precioso para deixar Waldschmidt (15 milhões) sozinho frente a Zlobin. Perante o guardião russo do Famalicão (e ex-Benfica), o internacional alemão fez o seu primeiro golo ao serviço das “águias” (e do campeonato) com um toque de enorme classe.

Também Everton mostrou muita classe dois minutos depois. Em mais uma transição rápida iniciada com um passe longo de Gabriel, Rafa combinou na perfeição com André Almeida e o lateral fez o cruzamento atrasado para o brasileiro alvejar a baliza da formação minhota. O remate foi rasteiro, colocado e certeiro.

Mais um reforço milionário (custou 20 milhões) a mostrar serviço e num dia em que foi convocado para a selecção brasileira. Mas não foram só os novos a brilhar.

A fechar a primeira parte, Grimaldo, que não teve muito trabalho defensivo, também deixou a sua marca no jogo com a conversão de um livre directo que foi ao ângulo da baliza do Famalicão. Ao intervalo, estava tudo como Jesus gosta: domínio total, golos e nota artística.

Famalicão ficou pelas boas intenções

Seria de esperar que o Famalicão desse alguma resposta, mas nunca passou das boas intenções. Uma ou outra aproximação à baliza do tranquilo Vlachodimos, a tentar reproduzir o bom futebol e as boas ideias da época passada, mas faltavam os homens que tantas vezes fizeram a diferença, como Fábio Martins ou Pedro Gonçalves. E mesmo quando pareceram acordar para o jogo nos primeiros minutos da segunda parte, o Benfica voltou a impor-se, com um golo de Rafa (52’) a passe de Everton e mais outro de Waldschmidt (66’) novamente assistido por Nuñez.

Só depois de cinco golos encaixados é que a equipa de João Pedro Sousa conseguiu o seu golito, aos 67’, por Guga, e já perto do fim, um remate ao poste por Rúben Lameiras. Muito pouco para tanto Benfica, que nem parecia a mesma equipa perdulária e errática da última terça-feira. Talvez Jorge Jesus não precise de mais avançados como já chegou a dizer (e depois retirou o que disse) ou de mais investimento. Só precisa de escolher bem.

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