Vítor Lopes foi sensacional no arranque do Open de Portugal

Lidera com 65 pancadas em Royal Óbidos num dia em que Santos e Melo Gouveia também se posicionaram no top-10

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Vítor Lopes durante a primeira volta em Royal Óbidos © Octávio Passos/GolfTattoo/FPG

Com efeito, entre 126 participantes, Vítor Lopes comanda com 65 pancadas 7 abaixo do Par, Ricardo Santos está no grupo dos 4.º classificados com 68 (-4) e Ricardo Melo Gouveia – que jogou ao lado do sul-africano George Coetzee, o campeão do Portugal Masters – surge empatado na 8.ª posição com 69 (-3). 

A prova prosseguiu esta sexta-feira a partir das 7h30 e o último grupo arrancaria às 14h35, mas o mau tempo interrompeu a prova pelas 10h05. A organização iria fazer um ponto da situação às 13h30. 

Esta presença lusa supera os dois portugueses no top-10 aos 18 buracos da edição de 2018, então com Vítor Lopes (-3) e Tiago Cruz (-2), respetivamente nos 2.º e 6.º lugares. 

Foi um dia glorioso para o golfe nacional na primeira jornada do 58.º Open de Portugal at Royal Óbidos que ontem (quinta-feira) arrancou sob a ameaça do mau tempo, com alguma chuva e muito vento, que a meio do dia já contava com temperaturas mais elevadas e depois terminou, já sob luz crepuscular, sem qualquer vento. 

Há exatamente uma semana, a primeira volta do Portugal Masters, foi também marcada pelo bom desempenho dos jogadores portugueses, com cinco deles a ficarem abaixo do Par, um recorde nacional na prova algarvia. Ontem a dose repetiu-se, com outros cinco a entregarem cartões em números vermelhos. 

Pedro Figueiredo (que chegou a andar com 3 abaixo do Par) e Stephen Ferreira (que ainda atingiu as 2 abaixo do Par) estão empatados no 36.º lugar, com 71 pancadas, 1 abaixo do Par. 

“Já fiz uma volta de 10 abaixo do Par, mas foi no Alps Tour. Esta de 7 abaixo é a minha melhor volta de sempre em torneios do Challenge Tour ou do European Tour”, disse Vitor Lopes, que carimbou 1 eagle, 6 birdies e sofreu apenas 1 bogey

Ao partir no último grupo, às 14h35, o português de 24 anos arrancou sob rajadas de vento de 40 quilómetros por hora e uma média superior a 28 km/h, mas as condições meteorológicas mudaram tanto, que, quando chegou ao green do buraco 18, já quase de noite, a intensidade média do vento tinha caído para os 3 km/h. 

“Jogo bem em tempestades, porque o meu voo de bola é baixo. (…) Com o vento, tive de mudar de estratégia e fiz um bom trabalho. Concentrei-me em fazer greens e fairways para não cometer erros e funcionou”, acrescentou o antigo vencedor do Campeonato Internacional Amador de Portugal, que começou esta época com duas vitórias no Portugal Pro Golf Tour e que estava em boa forma no Alps Tour, onde fez um top-5 logo no arranque desse circuito internacional, antes de ver a sua inspiração travada pela suspensão de toda a atividade motivada pela pandemia. 

“Sei que estou a jogar bem e na semana passada não pude demonstrá-lo por causa do putting”, sublinhou, referindo-se ao cut falhado no Portugal Masters. “Mas também trabalhei o triplo do tempo no putt nestes últimos dias”, acrescentou. 

“Sabe bem ver o meu nome no topo do leaderboard e não ter de levantar-me amanhã às cinco da manhã», disse Vítor Lopes, referindo-se ao facto de «ter jogado a correr nos últimos dois buracos, pois não queria ter de voltar de amanhã às seis da manhã para concluir a volta.” 

Vítor Lopes já tinha começado muito bem outra edição do Open de Portugal, a de 2018, no Morgado Golf Course, no Algarve, quando ainda era amador, e era 2.º classificado aos 18 buracos com 3 pancadas abaixo do Par, a 2 do líder, o espanhol Adri Arnaus. Dois anos depois, já como profissional, é ele quem comanda, com 2 pancadas a menos do que outro espanhol, Carlos Pigem, e o francês Damien Perrier. 

Entre os favoritos, o norte-americano Julian Suri, vice-campeão do Open de Portugal em 2017, surge no grupo dos 4.º classificados em que também está Ricardo Santos (-4) e Goerge Coetzee, que às tantas andava com 6 abaixo do Par, faz parte dos 8.º classificados como Ricardo Melo Gouveia (-3). 

Com 40 jogadores a terem batido o Par do campo, o nível de jogo tem sido elevado, apesar de, por vezes, jogar-se com condições bem complicadas, ao ponto do diretor do torneio, José Maria Zamora ter avançado os tees de três buracos e tornado os greens mais lentos (cerca de velocidade 10, enquanto em Vilamoura chegou a estar a 12,8), exatamente para facilitar a tarefa dos jogadores, tendo em conta as previsões meteorológicas. 

Aos 18 buracos o cut provisório ficou fixado em 1 pancada acima do Par. Dentro dessa marca estão ainda o campeão nacional Tomás Bessa e Francisco Oliveira a Par do campo e o amador Pedro Lencart com +1. 

As classificações e resultados dos 14 jogadores portugueses, a terceira maior participação de sempre no torneio da Federação Portuguesa de golfe, foram as/os seguintes: 

1.º Vítor Lopes, 65 (-7)

4.º (empatado) Ricardo Santos, 68 (-4)

8.º (empatado) Ricardo Melo Gouveia, 67 (-3)

36.º (empatado) Stephen Ferreira, 71 (-1)

36.º (empatado) Pedro Figueiredo, 71 (-1)

41.º (empatado) Tomás Bessa, 72 (Par)

41.º (empatado) Francisco Oliveira, 72 (Par)

57.º Pedro Lencart (amador), 73 (+1)

76.º (empatado) Miguel Gaspar, 74 (+2)

92.º (empatado) João Magalhães, 75 (+3)

105.º (empatado) Filipe Lima, 76 (+4)

10.º (empatado) Tomás Melo Gouveia, 76 (+4)

115.º (empatado) Tiago Cruz, 77 (+5)

126.º Alexandre Abreu, 86 (+14)

 

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