Vandalizados sinais que condicionam acesso ao aterro de sobrado, em Valongo

Câmara Municipal de Valongo vai apresentar queixa-crime contra desconhecidos, depois de as placas que restringem circulação de camiões terem aparecido cobertas com tinta

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Os sinais foram cobertos com tinta, ocultando as restrições DR/Câmara de Valongo

A Câmara de Valongo vai apresentar uma queixa-crime visando desconhecidos, na sequência de actos de vandalismo que danificaram as placas de sinalização colocadas num troço da Estrada Municipal 606 para condicionar o acesso de camiões com resíduos para o aterro da Recivalongo, em Sobrado. Os sinais apareceram esta terça-feira totalmente pintados, e inutilizados, segundo as fotografias partilhadas pelo município.

Os sinais tinham sido colocados a 24 de Agosto, em consequência do escalar do conflito institucional entre o município - cujo executivo actual contesta o licenciamento deste aterro - e a Recivalongo. A empresa já apresentou inclusivamente queixas contra o presidente da Câmara, pedindo a perda de mandato de José Manuel Ribeiro, por abuso de poder. Já a população de Sobrado, que tem-se movimentado em protestos contra este equipamento, reagiu com satisfação às restrições de circulação de pesados

O Município de Valongo instalou uma nova sinalização de trânsito num troço da Estrada Municipal 606, entre o cruzamento dos cinco caminhos em Alfena e o Pavilhão Municipal de Sobrado, que condiciona a circulação na via de veículos pesados com mais de 3,5 toneladas salvaguardando as excepções previstas para veículos de emergência, serviços públicos e viaturas autorizadas. “Esta medida visa a defesa do interesse público municipal, designadamente a protecção do ambiente e da qualidade de vida no concelho, e a salvaguarda da segurança das populações residentes e utilizadoras de equipamentos escolares e desportivos, designadamente da Vila de Sobrado”, justificou a autarquia.

Já a Recivalongo considera que este boicote à sua actividade prejudica centenas de empresas da região, que depositam em Sobrado os seus resíduos não perigosos. Perante as dificuldades dos clientes, este operador chegou a garantir-lhes que pagaria as coimas pelas infracções de trânsito, situação que, contudo, admitia não poder manter por muito tempo. A Recivalongo queixou-se ainda que estas restrições punham em causa o transporte de efluentes lixiviados (resultantes da decomposição de resíduos orgânicos), que é obrigada a tratar em instalações das Águas do Norte, mas a autarquia garantiu que, para este movimento diário, abre uma excepção.

 
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