Adeus ao Gertrude. EMEL procura novo sistema para mandar nos semáforos de Lisboa

Pretende-se que o futuro software permita gerir os cruzamentos com semáforos em tempo real.

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MIGUEL MADEIRA

Trinta e cinco anos depois de ter chegado, Lisboa começa a despedir-se do Gertrude, o sistema informático que tem a bicuda missão de gerir os semáforos da cidade. A EMEL, que desde há uns anos passou a gerir a rede semafórica, acaba de lançar um concurso para adquirir o software do futuro Sistema Inteligente da Mobilidade de Lisboa (SIM.Lx).

Com um preço-base de 4,9 milhões de euros, o concurso destina-se a encontrar um programa informático que seja capaz de “gerir o tráfego da cidade de uma forma integrada e dinâmica, tornando-o mais eficiente e descongestionado”, explica a empresa municipal num comunicado divulgado esta terça-feira.

Esse era precisamente o objectivo do Gertrude quando ele foi implementado na capital portuguesa, em 1985. Acontece que, segundo a EMEL, “não tem acompanhado a evolução natural da mobilidade urbana” e “está claramente desajustado às necessidades de hoje em dia.” Aliás, explica ainda a empresa, dos 547 cruzamentos semaforizados de Lisboa, “apenas 138 estão ligadas ao sistema”.

A EMEL começou no fim de 2019 a modernizar os semáforos da cidade, instalando novos controladores e sensores na Av. Almirante Reis, na Rua Conde de Almoster e no Parque das Nações.

O SIM.Lx vai permitir uma gestão centralizada dos cruzamentos com semáforos, à semelhança do que já hoje acontece com o Gertrude, mas com mais possibilidades. “Através da introdução de uma componente preditiva”, explica o comunicado, será possível “a elaboração, em tempo real, de planos semafóricos especiais para acções programadas”, como obras ou eventos especiais, “e de planos para acontecimentos aleatórios, como acidentes/incidentes pontuais, circulação de veículos de emergência, entre outros”.

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