Portugal e o problema da corrupção – parte 1

Há cada vez mais sinais à nossa volta que indicam o regresso em força do velho PS clientelar, pela mão do próprio António Costa.

Ao longo dos últimos cinco anos, mesmo sendo crítico da governação socialista, fiz sempre questão de traçar uma linha de demarcação entre José Sócrates e António Costa. Existe uma singularidade própria de Sócrates, da sua personalidade e do seu comportamento, e ganha-se pouco com comparações forçadas. Além do mais, Costa foi muito hábil a isolar Sócrates após a sua detenção, com uma das frases mais assassinas da democracia portuguesa – “ele está a lutar por aquilo que acredita ser a sua verdade” –, e a forma como refreou o PS de atacar a justiça portuguesa em 2014 e 2015 (ao contrário do que acontecera durante o caso Casa Pia) pareceu-me digno de respeito e admiração.

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Ao longo dos últimos cinco anos, mesmo sendo crítico da governação socialista, fiz sempre questão de traçar uma linha de demarcação entre José Sócrates e António Costa. Existe uma singularidade própria de Sócrates, da sua personalidade e do seu comportamento, e ganha-se pouco com comparações forçadas. Além do mais, Costa foi muito hábil a isolar Sócrates após a sua detenção, com uma das frases mais assassinas da democracia portuguesa – “ele está a lutar por aquilo que acredita ser a sua verdade” –, e a forma como refreou o PS de atacar a justiça portuguesa em 2014 e 2015 (ao contrário do que acontecera durante o caso Casa Pia) pareceu-me digno de respeito e admiração.