RB Leipzig e PSG procuram escrever mais um capítulo de história europeia

A primeira meia-final da Champions contará com dois treinadores alemães, que chegaram a ser mestre e discípulo em 2008.

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Reuters/POOL

Dê por onde der, esta já está a ser uma campanha histórica para RB Leipzig e Paris Saint-Germain: naquela que é apenas a segunda participação na Liga dos Campeões, os alemães já chegaram às meias-finais, um objectivo que o campeão francês não alcançava há 25 anos. O orçamento e o plantel dos parisienses poderá colocá-los em vantagem nas bolsas de apostas, mas o estilo de jogo dos germânicos tem baralhado as contas da competição.

No Estádio da Luz, a partir das 20h, RB Leipzig e PSG vão defrontar-se pela primeira vez num encontro oficial, depois de em Julho de 2014, quando o clube ainda competia na II divisão, os alemães terem vencido um jogo particular, por 4-2. De então para cá, muita coisa mudou, a começar pelo comando técnico das equipas, entregue a dois velhos conhecidos dos tempos do Augsburgo B.

Thomas Tuchel, 45 anos, teve no sucesso do Borussia Dortmund o trampolim para um dos clubes mais abastados do futebol actual; Julian Nagelsmann, 33, foi treinado por Tuchel em 2008, quando uma lesão no joelho o catapultou para a observação dos adversários, que acabou por funcionar como a antecâmara do trabalho de campo, no Hoffenheim.

Hoje, vão cruzar-se como adversários, reeditando os duelos travados na época 2016-17, na Bundesliga: 2-2 numa das partidas, 2-1 para o Dortmund na outra. O Borussia que, de resto, foi também a única equipa capaz de bater este RB Leipzig (2-0) no pós-pandemia (cinco vitórias e quatros empates). 

“Eles pressionam alto, são uma equipa jovem, rápida e corajosa, tal como foi a Atalanta. Nós temos o nosso estilo, eles têm o deles”, descreve Thomas Tuchel, confiando na “capacidade de liderança” de Neymar e na química existente entre o brasileiro e Kylian Mbappé para surpreender um adversário que já afastou o Tottenham e o Atlético Madrid.

O potencial do PSG é, naturalmente, também reconhecido por Nagelsmann, ainda que isso não reduza em nada a confiança com que parte para o jogo. “A qualidade deles é muito grande e gostam de surpreender, pelo que será um esforço colectivo. Vamos tentar impor o nosso jogo e sermos corajosos. Queremos tentar colocá-los sob pressão, temos esse potencial e vamos mostrar as nossas virtudes”, promete.

Já lá vão sete jogos desde a última derrota do RB Leipzig na Champions, mas para chegarem à final os alemães vão ter de marcar à defesa menos batida da prova (cinco golos). Esse é um dos trunfos de um PSG que poderá tornar-se hoje na quinta equipa francesa a atingir o último jogo da principal prova europeia.

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