Governo da Guiné Equatorial demitiu-se em bloco

O Presidente, Teodoro Obiang, acusou o executivo de Obama Asue, nomeado em Fevereiro de 2018, de não ter cumprido objectivos programáticos e ter causado uma crise.

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o Presidente Teodoro Obiang diz que o governo demissionário "provocou uma crise que exige medidas urgentes" Afolabi Sotunde

O Governo da Guiné Equatorial, liderado pelo primeiro-ministro Francisco Pascual Obama Asue, apresentou a sua demissão em bloco, segundo o porta-voz do executivo, que confirmou informações veiculadas desde o início da tarde desta sexta-feira pela imprensa local.

Em declarações aos jornalistas, o ministro da Comunicação e porta-voz do Governo em funções, Eugenio Nze Obiang, explicou que o pedido de demissão do executivo aconteceu durante uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, presidida pelo Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que decorreu durante a manhã desta sexta-feira, no Palácio do Povo, em Malabo, a capital.

Durante a reunião, o primeiro-ministro, Francisco Pascual Obama Asue, informou Obiang que os membros do Governo punham os cargos à disposição para que o chefe de Estado e Presidente do Conselho de Ministros “tenha liberdade para dirigir melhor a próxima fase” do desenvolvimento no país.

O Presidente da República lamentou, pelo seu lado, que o Governo demissionário não tenha cumprido os objectivos programáticos, o que “provocou uma situação de crise que exige medidas urgentes”, segundo disse o porta-voz.

O governo demissionário tinha sido nomeado em Fevereiro de 2018 e contava 25 ministros.

O primeiro-ministro cessante, responsável pela coordenação administrativa, exercia o cargo desde Junho de 2016, quando foi nomeado por Obiang, depois de ter sido antes ministro das pastas do Desporto e Juventude, da Economia, e do Progresso Social e Saúde.

O Presidente da Guiné Equatorial, de 78 anos, deverá agora nomear um novo governo.

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