Depois de 40 anos “perdida” num tribunal, o reencontro com a última obra de Manuel Lapa

Estava à vista de todos há mais de 40 anos, mas ninguém tinha reparado que a grande pintura que enche o átrio do Palácio da Justiça de Torres Novas era da autoria de Manuel Lapa, uma referência da segunda vaga do modernismo em Portugal. Está agora a ser restaurado, sob o olhar do filho, que a reencontrou décadas depois de ter ajudado o pai na sua execução.

Foto

Era Verão de 1979 e no atelier da Rua Coelho da Rocha três pintores juntavam-se à volta da obra inacabada. Eram eles Martim Lapa e Maria Carlota, guiados por Manuel Lapa (Lisboa, 1914-1979), nome destacado da segunda geração de artistas modernistas portugueses, que já fisicamente debilitado pediu a ajuda do filho e da nora para terminar uma pintura de grandes dimensões, que obrigava a que se subisse a andaimes. Foi terminada e entregue. Manuel Lapa acabaria por morrer no fim desse ano.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção