“Parece que estamos nos Estados Unidos”: o carro também vai ao cinema no FEST

O “factor novidade” do drive-in em Portugal tem trazido curiosos e assíduos do festival de cinema ao recinto temporário na Nave Desportiva de Espinho. Espectadores gostam de poder finalmente experimentar o que sempre viram “nos filmes de Hollywood” — e o formato é mais arejado do que a sala escura.

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Paulo Pimenta

Ainda faltam vinte minutos para a sessão das 21h30 e já começa a ganhar forma a fila de carros na noite alaranjada. Uns dizem ao PÚBLICO que não conseguiram resistir ao “factor novidade”. Outros querem aproveitar para “fazer amor a noite toda”. “Não é para isso que serve o drive-in? Pelo menos é o que vemos nos filmes de Hollywood”, comenta entre risos Pedro Saraiva, um dos espectadores. Dos curiosos aos que não perdem uma edição do festival, há (algum) espaço para todos no recinto que a equipa responsável pelo FEST – Festival Novos Realizadores Novo Cinema improvisou na Nave Desportiva de Espinho. Num ano em que, pela primeira vez na sua história, o festival bateu às portas do Cinema Trindade (Porto) e do Cinema Ideal (Lisboa), as sessões no temporário drive-in  que arrancaram na segunda-feira, um dia depois da cerimónia de abertura do FEST, e se prolongam até sexta, dois dias antes da cerimónia de encerramento  são a grande cartada de uma edição que, com muito malabarismo à mistura, escapou à mão pesada dos cancelamentos e encontrou formas de viver com o novo coronavírus.

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