Covid-19: Festival de Dança Contemporânea avança em Évora apesar da pandemia

Entre 27 de Setembro e 10 de Outubro haverá espectáculos e performances “de pequeno formato” para “plateias reduzidas”, vídeos dança e workshops ao ar livre.

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Preparação de "Ensaio sobre a Cegueira" de Nélia Pinheiro Telmo Rocha

Espectáculos de dança ao vivo e conteúdos online integram a programação reestruturada da edição deste ano do Festival Internacional de Dança Contemporânea (FIDANC), prevista para Évora, no final de Setembro, apesar da pandemia de covid-19.

O festival é promovido pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE) e vai ter lugar de 27 de Setembro a 10 de Outubro, revelou esta quinta-feira a organização, em comunicado.

Segundo a CDCE, o evento apresenta “uma programação reestruturada, de forma a responder ao actual contexto de pandemia” provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, mas vai, como sempre, oferecer aos públicos dança e mais dança.

Espectáculos e performances “de pequeno formato” para “plateias reduzidas”, vídeos dança e workshops apresentados ao ar livre e numa igreja são iniciativas indicadas pela organização e que vão ter “o objectivo de, através da dança contemporânea, devolver alguma normalidade à vida”.

“Além das apresentações com a presença de público, vamos também estar nas plataformas online”, acrescentou a CDCE.

Ainda sem divulgar o programa em pormenor, a Companhia de Dança Contemporânea de Évora adiantou que o festival vai abrir, no dia 27 de Setembro, com “a nova criação da criadora emergente Carla Jordão, uma proposta da Companhia de Dança de Almada”, mas não revelou o nome do espectáculo.

O “cartaz” do FIDANC inclui igualmente “um pequeno ciclo” com obras da criadora Amélia Bentes, tendo a CDCE revelado que a primeira obra, intitulada Um fio de Ar, é direccionada ao espaço público.

Ensaio sobre a Cegueira, baseado na obra de José Saramago e uma criação da coreógrafa Nélia Pinheiro, da CDCE, do ano passado, em co-produção com a Câmara de Évora, vai ser apresentada a 3 de Outubro, na Igreja de São Vicente.

A fechar o festival, a CDCE vai estrear ainda a nova criação deste ano, de Nélia Pinheiro, tendo a companhia, contactada pela agência Lusa, reservado mais informações sobre este espectáculo para o próximo comunicado a propósito do FIDANC.

O público infantil também não foi esquecido na programação do festival e vai poder aceder a conteúdos nas plataformas online, nomeadamente à estreia da nova criação de Gonçalo Almeida Andrade, que apresenta uma reflexão sobre o impacto do actual contexto de pandemia na natureza.

Vídeos dança de criadores portugueses também serão disponibilizados na Internet, em canal livre, acrescentou a organização, que referiu ainda que estão previstas duas oficinas de dança contemporânea, na Black Box da CDCE.

“A edição de 2020 terá um formato mais reduzido, mais intimista, mas a grande dimensão artística da linguagem da dança contemporânea estará presente”, garantiu a companhia.

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