Criação do partido Volt Portugal publicitada em Diário da República

O novo partido assume uma “ligação forte” aos valores europeístas

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Tiago Matos Gomes, fundador do movimento em Portugal LUÍS RUIVO

O Diário da República publicou esta sexta-feira o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) que aceita o Volt Portugal como partido político, a 25.ª força política no país. A decisão agora publicitada, que data de 25 de Junho, culmina um processo iniciado em Outubro de 2019, com a entrega de 9000 assinaturas junto do TC.

Para aceitar a inscrição do partido, os juízes do Constitucional exigiram que o Volt Portugal, que adopta a sigla VP, reformulasse parte dos seus estatutos de forma a contemplar a possibilidade de recurso de sanções junto de um órgão interno, tal como determina a Lei dos Partidos Políticos. O Volt é um “movimento pan-europeu” que surgiu internacionalmente em Março de 2017, como reacção ao Brexit.

Numa conferência de imprensa online em 3 de Julho, o presidente do VP, Tiago Matos Gomes, revelou que o partido está a pensar nas eleições autárquicas de 2021, ao mesmo tempo que se organiza internamente, processo que ficará consolidado num congresso com a eleição dos respectivos órgãos.

O novo partido assume uma “ligação forte” aos valores europeístas e defende que as melhores soluções para os problemas da sociedade devem ser postas em prática, independentemente da proximidade política ao espectro político tradicional de direita ou esquerda.

No passado dia 6 de Maio, o Volt Europa definiu como objectivo a eleição de 25 eurodeputados de sete países diferentes nas eleições europeias de 2024 - grupo para o qual o Volt Portugal gostaria de contribuir com a eleição de pelo menos, um eurodeputado nas próximas eleições.

O co-presidente do Volt Europa, Reinier Van Lanschot, mostrou-se satisfeito com a constituição do partido em Portugal, considerando que este pode ajudar a contribuir à formação de um grupo político próprio no Parlamento Europeu.

Andrea Venzon é o fundador do movimento “Volt Europa”, que também já é partido político na Alemanha, Bulgária, Bélgica, Espanha, Holanda, Itália, Áustria, Luxemburgo, Dinamarca, França, Reino Unido e Suécia.

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