Incêndio deflagrou em imóvel devoluto na Rua da Prata, na baixa de Lisboa

Na quarta-feira, o edifício foi objecto de discussão em reunião pública da autarquia. O vereador do CDS-PP João Gonçalves Pereira defendeu uma intervenção no local por se tratar de uma ocupação ilícita.

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Rui Gaudencio

Um incêndio deflagrou esta quinta-feira de manhã no número 188 da Rua da Prata, na baixa lisboeta. O imóvel em causa é devoluto e estaria a ser ocupado ilegalmente. A PSP recebeu o alerta às 8h50 da manhã. Fonte desta força policial disse que a situação já estaria controlada a essa hora e que os moradores foram retirados. Segundo fonte dos bombeiros, o incidente foi “coisa pequena”, não se registando vítimas nem danos significativos. A circulação na rua voltou à normalidade às 10h.

Na quarta-feira, o edifício foi objecto de discussão em reunião pública da Câmara Municipal de Lisboa. Segundo o vereador do CDS-PP João Gonçalves Pereira, “cabe à CML fazer uma intervenção” por o local ter “enorme risco de incêndio” pois não tem electricidade. O vereador insistiu que o imóvel representa “uma situação de altíssimo risco para a cidade” por se tratar de uma “ocupação ilegal por traficantes de droga, consumidores, prostituição e criminalidade”.

Gonçalves Pereira reiterou a existência de uma tendência para as ocupações ilegais na cidade, afirmando que cabe ao executivo “perceber que informações tem de edifícios que estejam a ser ocupados e que intervenção e que resposta tem de se encontrar”. Comparou o caso ao do centro de apoio a carenciados Seara, em Arroios, que funcionava num imóvel devoluto e cujos moradores foram despejados por forças de segurança privadas no dia 8 de Junho.

O vereador do urbanismo Ricardo Veludo concordou e disse que é “necessária uma intervenção da câmara para além dos meios do proprietário, a quem compete zelar pelo seu património”. No caso do prédio da Rua da Prata, este submeteu um processo para obras de conservação no imóvel que se encontra deferido, mas que acabou por ter um pedido, ainda em apreciação, de alterações aos trabalhos. Como resposta às ocupações e actividades ilícitas, o proprietário “está a tentar articular uma intervenção com as forças policiais e o empreiteiro”.

Ainda de acordo com Veludo, os serviços da Unidade de Coordenação Territorial notificaram o proprietário para a necessidade de emparedamento total das portas e janelas, que “têm sido sucessivamente arrombadas”.

Texto editado por Ana Fernandes

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