Coordenador do combate à pandemia no Norte condena ajuntamentos mas não viu festejos dos adeptos. Rui Moreira em silêncio

Eduardo Pinheiro diz que qualquer ajuntamento deve ser evitado, mas não comenta festejos que juntaram centenas de pessoas nas ruas do Porto. Presidente da Câmara do Porto não comenta

covid19,coronavirus,local,saude,fc-porto,porto,
Fotogaleria
Paulo Pimenta
covid19,coronavirus,local,saude,fc-porto,porto,
Fotogaleria
Paulo Pimenta
covid19,coronavirus,local,saude,fc-porto,porto,
Fotogaleria
Paulo Pimenta

O secretário de Estado da Mobilidade e responsável pela coordenação da situação de calamidade na região Norte do país, Eduardo Pinheiro, não viu as imagens dos festejos dos adeptos do FC Porto na noite de terça-feira, que reuniu nas ruas da cidade centenas de pessoas sem cumprimento de distâncias de segurança e, em muitos casos, sem qualquer protecção. “As regras são para se cumprir independentemente das situações”, afirmou, argumentando não estar “habilitado” para fazer um comentário sobre a situação em particular: “Mas a preocupação é com os ajuntamentos em geral e não com este em particular.”

Insistindo não ter visto quaisquer imagens dos festejos, que várias televisões transmitiram em directo e abriram os telejornais desta quinta-feira, Eduardo Pinheiro admitiu que “qualquer ajuntamento preocupa” o Governo e insistiu no cumprimento das regras.

“Foram definidas regras relativamente aos ajuntamentos e é reconhecida pela DGS a necessidade de cumprir as regras que estão determinadas pelos diplomas que estão publicados”, afirmou, recordando haver “coimas” para quem não cumpre o legislado. Questionado sobre a possibilidade de ter sido imposto um reforço das medidas restritivas para uma noite de previsíveis festejos, o coordenador regional do combate à pandemia prefere não responder. 

Rui Moreira, que esta manhã esteve numa cerimónia pública na Câmara do Porto, avisou à partida que não iria falar com os jornalistas de qualquer assunto à margem do tema da conferência de imprensa. O presidente da Câmara do Porto optou por não impor medidas extraordinárias para evitar os ajuntamentos, ao contrário do que havia feito na noite de São João, apelando ao “civismo” dos adeptos na hora de festejar.

Quando questionado há dias sobre as razões dessa opção, o autarca explicou: “Isto não são celebrações que têm data marcada. Ao contrário de outros eventos, aqui não sabemos quando vai suceder, em que dia, em que momento. Pode ser hoje, pode ser amanhã, pode ser daqui a uma semana, duas semanas. Não é possível, nesta matéria tomar essas medidas de prevenção.”

Sugerir correcção