Juventus deixa fugir a Taça de Itália nos penáltis

Nápoles conquistou o troféu pela sexta vez no seu historial. Cristiano Ronaldo não chegou a bater uma das grandes penalidades.

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Reuters/ALBERTO LINGRIA

Cristiano Ronaldo falhou a conquista, no Olímpico de Roma, frente ao Nápoles de Mário Rui, da 73.ª edição da Taça de Itália, vendo a Juventus desperdiçar, no desempate por grandes penalidades (4-2), após um nulo nos 90 minutos, a 14.ª vitória na história da competição.

Em termos pessoais, Ronaldo, que nem sequer teve a possibilidade de converter o respectivo penálti (tinha falhado um nas meias-finais, frente ao Milão), viu adiada a conquista do 27.º troféu da carreira, a nível de clubes, acabando consequentemente por deixar escapar o pleno (após ter vencido o scudetto e a Supertaça no primeiro ano de Juventus) em Itália, proeza já alcançada nas passagens por Inglaterra e Espanha.

Depois de uma noite sem golos, apesar da entrada forte da Juventus, com Cristiano a assumir a liderança no ataque às redes da equipa napolitana, o argentino Paulo Dybala e o brasileiro Danilo desperdiçaram as duas primeiras grandes penalidades da Juventus. Implacável, o Nápoles não deu hipóteses, convertendo todas as tentativas e decidindo, assim, uma final em que a eficácia e a exibição de Buffon levaram a decisão para o campo da lotaria.

Com a pontaria bem mais afinada e com mais um golo para a conta pessoal, o sétimo em oito partidas, desde o regresso da Bundesliga, e o 15.º da época ao serviço do Eintracht Frankfurt, o internacional português André Silva abriu (após mais uma assistência do japonês Daichi Kamada) o activo na recepção ao Schalke 04. O embate terminou com a vitória dos locais, por 2-1,  que ultrapassaram a formação de Gelsenkirchen na classificação geral, na qual, a duas rondas do final do campeonato — já garantido pelo Bayern Munique —, o Eintracht continua a cinco pontos de uma improvável qualificação europeia

Ainda em matéria de portugueses, o internacional Cédric, agora ao serviço do Arsenal, falhou o regresso da Premier League depois de ter fracturado o nariz durante o treino.  Os “gunners” defrontaram os ainda campeões em título, acabando por consentir o 350.º golo do consulado de  Pep Guardiola no Manchester City, na Premier League, já em período de compensação da primeira parte, numa finalização de Raheem Sterling (45+2’), após falha de David Luiz. 

O central brasileiro voltaria a comprometer logo após o intervalo, com um penálti (e expulsão) cometido sobre Mahrez, que deu a De Bruyne a possibilidade de ampliar para 2-0 e ao City uma vantagem decisiva para adiar um pouco mais a inevitável entrega do título ao Liverpool. O City fechou os números com o 3-0, por intermédio de Phil Foden, ao cair do pano (90+1’).

O regresso do futebol inglês acabou, contudo, marcado pela polémica que estalou no jogo (0-0) entre o Aston Villa e o Sheffield United, em Villa Park. Ainda na primeira parte (exactamente aos 42 minutos e 13 segundos) o Sheffield marcou, mas uma falha do sistema de tecnologia da linha de de golo não avisou o árbitro quando o guarda-redes norueguês Orjan Nyland, após chocar com um companheiro, não conseguiu evitar que a bola passasse totalmente a linha de baliza. 

O erro grosseiro motivou um comunicado da empresa Hawk-Eye Innovations, que lamentou o sucedido, apesar de todos os testes e verificações prévios garantirem o bom funcionamento do sistema, que falhou apesar das sete câmaras dedicadas a uma tarefa que ninguém conseguiu verificar.

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