Não há crime, disse ele

A nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal é um espelho do nosso atraso institucional. Há crime? Não há. É politicamente criminoso? Sem dúvida que é.

Para defender a ida de Mário Centeno para o Banco de Portugal, e para o proteger daquilo que diz ser uma lei ad hominem aprovada no Parlamento, António Costa perguntou ontem aos jornalistas: “Mário Centeno cometeu algum crime?” Vale a pena pararmos um bocadinho para reflectir sobre esta frase, porque não é todos os dias que alguém diz tanto com tão pouco. A pergunta tem apenas cinco palavras, mas ela é um resumo perfeito de cinco séculos de atraso português.

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