No Reino Maravilhoso, o vinho deixou de fluir e o azeite escorre mais lentamente

Em Valpaços, um dos recantos da Trás-os-Montes de Miguel Torga, a maior certificadora de vinhos da região volta ao trabalho a conta-gotas, depois da covid-19 a ter forçado a interromper a actividade em Março. Já o azeite teve uma procura acima do esperado nesse mês, mas as vendas acabaram por cair. O preço do azeite é, actualmente, um problema para os olivicultores.

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Num espaço amplo e luminoso, a linha por onde costumam circular as garrafas com vinho de Trás-os-Montes, já rotuladas e encapsuladas, está parada; nenhuma das máquinas na secção de enchimento trabalha, aliás. Só se vêem cinco trabalhadoras a tratar de algumas caixas de cartão. Com 38 anos de trabalho na Adega Cooperativa de Valpaços, Fernanda Cavaleiro lamenta o tempo que tem passado no trabalho “sem fazer nada”. “Estava habituada a ver as garrafas sempre a circular. Agora a linha trabalha dois ou três dias por semana. Espero que isto possa voltar o mais rapidamente possível ao normal. Tenho saudades da normalidade”, confessa.

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