Portugal, país conformado com a sua mediocridade

Infelizmente, é assim que estamos e que vamos estar – um país com cada vez menos portugueses livres e com cada vez mais portugueses de mão estendida, aguardando de forma obediente as migalhas que caem da mesa dos orçamentos de Estado aprovados por Bruxelas. Triste destino. Triste país.

Portugal tem falta de muita coisa, mas a maior delas é a ambição. Somos um país conformado com a sua pobreza relativa, com a sua falta de meios, com a sua posição na cauda da Europa, com a sua mediocridade. Isso parte-me o coração. Mesmo para aqueles que acham – como eu acho – que a experiência da “geringonça” foi um sucesso político, o que é que ela realmente ofereceu ao país? O primeiro superavit da história da nossa democracia, sustentado numa engenhosa filigrana financeira montada pela equipa de Mário Centeno, que combinou cativações, pequenos crescimentos económicos, diminuição do desemprego à base de baixos salários e um equilíbrio altamente habilidoso entre devolução de rendimentos e impostos indirectos.

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