Teju Cole: o capítulo perdido de um romance maior

Como escrever o trauma quando o estamos a viver? A pergunta foi-se formulando à medida que Teju Cole tentava digerir a tristeza a ouvir música, a fotografar o bairro e a casa, a reler As Cidades Invisíveis, de Calvino. Assim nasceu o conto A Cidade da Dor, que o Ípsilon publica em exclusivo para Portugal. Teju Cole chamou-lhe Reggiana. Conta-nos aqui como a criou.

Foto
Simone Padovani/Awakening/Getty Images

“Neste período de isolamento social, estou em Cambridge, Massachusetts, mesmo do outro lado do rio em frente a Boston”, conta Teju Cole numa espécie de carta enviada ao Ípsilon que começa com a descrição do seu quotidiano. “Fico desperto todas as noites até depois das três da madrugada. Acordo depois das onze. Os meus dias são calmos. Sinto uma grande tristeza por causa disto. Mas também escrevo, edito, por vezes caminho lá fora para tirar fotografias (ou tiro-as dentro de casa), e tento apoiar os meus amigos e a minha família, por correspondência, ou enviando-lhes música.”

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