Jardins do Palácio de Cristal reabriram nesta segunda-feira

A 13 de Março, todos recolhiam e os jardins fecharam-se. Agora, o Palácio de Cristal reabriu mas o regresso dos portuenses ainda é tímido.

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Paulo Pimenta

Em meados de Março, os parques murados fecharam-se no Porto e assim permaneceram até 11 de Maio, quando o Jardim de São Lázaro, São Roque, Covelo, Bonjóia, Virtudes e o Parque da Pasteleira voltaram a abrir portas​. Nesta segunda-feira, 1 de Junho, dia da criança, chegou a vez do Jardim do Palácio de Cristal mas nestas primeiras horas a afluência é ainda muito pouca – que o diga Susana Ferreira, responsável pela banca de gelados, que viu a sua única ocupação ser suspensa nestes dois meses e meios.

Ao seu lado está Joana Malta, estudante da Universidade de Aveiro, que vem ajudá-la durante o Verão já que só tem aulas online até Julho. A expectativa é que, durante o fim-de-semana, “apareçam mais portugueses” - antes da pandemia, os que mais passavam pelo Jardim durante a semana eram turistas. 

Para trabalhadores como Maria de Fátima, que “faz um pouco de tudo” no Pavilhão Rosa Mota, e Zeferino de Sousa, jardineiro, a reabertura significa “mais movimento” mas, para eles, o trabalho não parou no dia 13 de Março – “Alguém tinha de tratar deste jardim”, sublinha Zeferino.

Enquanto algumas crianças brincam com os pais no parque infantil, José Guimarães Ramos e Maria Amélia sentam-se à entrada dos jardins. Antes do encerramento, vinham todos os dias. Para José, que se lembra de vir ao Palácio “desde menino”, voltar é nostálgico. Durante o período de confinamento, Maria Amélia e o marido trocaram estes jardins pelo Parque da Cidade, “mas não é a mesma coisa”, remata José. 

Para além dos Jardins do Palácio de Cristal, dia 1 de Junho assinala a abertura da biblioteca Municipal Almeida Garrett, do Arquivo Histórico (localizado na Casa do Infante) e da biblioteca municipal de São Lázaro. 

Texto editado por Ana Fernandes

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