Quando José Wallenstein aparece numa soirée dançante, provocando lascivamente a sua parceira, a descrição de “vampiro” feita pouco antes pelo bonecreiro de João Lagarto ganha sentido. O cinema, afinal, é um vampiro — já as tribos afastadas da civilização achavam que tirar uma fotografia era roubar um pedaço da alma. O vampiro de Wallenstein, que faz as vezes alegóricas do Portugal salazarista em Jogo de Mão de Monique Rutler (1983), é um Nosferatu pálido, Herzogiano; uma maneira como outra do cinema encenar o incenável.
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