Entre o atelier e as exposições virtuais: os novos murais da street art

Enquanto não podem sair de casa, os artistas de rua reinventam formas. Desenham em telas as preocupações deste “novo mundo” e procuram almofada financeira nas vendas online. A era de distanciamento social é uma “oportunidade clara para repensarmos o espaço público como um espaço privilegiado de troca e experiência cultural”, dizem.

Foto
Muitos artistas têm aproveitado a paragem forçada para desenterrar ideias guardadas no baú Hazul

“Quando me apercebi de que muitos dos trabalhos que tinha na agenda não iam acontecer, comecei a pensar numa série de desafios pessoais. De repente, vi que tinha liberdade para fazer ilustrações descontraídas, sem precisar de pensar num cliente ou num projecto específico. Foquei-me em formas de expressão muito mais experimentais e espontâneas. Criei tanto que acabei por ficar com uma compilação de desenhos livres, pinturas e colagens.” Pedro Campiche, ou AkaCorleone, gosta de dividir o seu tempo entre a investigação de atelier e a arte no espaço público. No meio da incerteza provocada pela paralisação, os últimos tempos têm servido para, mesmo sem a possibilidade de ocupar as ruas como se estivesse em casa, sondar novas avenidas. Afinal de contas, as paredes não estão à mão, mas “há telas que não se esgotam”.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção