Futuro de André Villas-Boas em Marselha em equação

Abandono do director desportivo e capacidade limitada para reforçar o plantel poderão antecipar a saída do treinador português.

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O futuro desportivo imediato de André Villas-Boas é um dos temas do momento em França. O treinador português conduziu o Marselha a uma época de sucesso, com um segundo lugar no campeonato e a presença garantida na Liga dos Campeões, mas a saída inesperada do director desportivo poderá abreviar a aventura do portuense no clube.

Andoni Zubizarreta, antigo guarda-redes espanhol e director desportivo do Marselha, abandonou o clube em choque frontal com a direcção. “Obrigado a André Villas-Boas por me ter dado esta oportunidade e me ter feito descobrir um verdadeiro amigo”, declarou, ao site oficial do clube.

Na base da divergência de opiniões estará a contratação prevista de um director geral, cujas competências poderiam interferir com a do dirigente espanhol. E se a direcção deixou uma palavra de apreço a Zubizarreta, por ter “ajudado a construir um projecto sólido”, ao antigo guarda-redes são apontadas algumas fragilidades no ataque ao mercado de transferências.

Acontece que a ligação entre o espanhol e André Villas-Boas, que iniciou o projecto em 2019, é muito próxima e o português já o assumiu: “Vim para cá, primeiro pela grandeza do clube, depois por Andoni Zubizarreta. Já o disse: o meu futuro está intimamente ligado ao dele”, afirmou, no passado mês de Janeiro.

A excelente performance do Marselha já levou a direcção do clube a apresentar uma proposta de renovação a Villas-Boas, que tem contrato até 2021, mas o jornal La Provence adianta que a capacidade financeiramente limitada (foram três exercícios consecutivos com prejuízos) para reforçar o plantel está a levar o técnico a hesitar.

“É verdade, o André está com muitas dúvidas para ficar. Por agora é o treinador do Marselha e o meu desejo é que ele fique por muito mais tempo. Já expressei essa intenção ao agente dele e dei liberdade ao André para definir o nosso projecto desportivo, mas ele não foi capaz de me confirmar que ficava”, confirmou o presidente do Marselha, Jacques-Henri Eyraud, à RMC.

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