Covid-19: Governo são-tomense decreta cerco sanitário no maior distrito do país

O país “tem conhecido um aumento exponencial de casos positivos, sobretudo no distrito de Água Grande” e o Governo apelou para a necessidade “urgente de se reforçar as medidas de distanciamento social de forma a diminuir a cadeia de contágio”.

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Governo apelou aos cidadãos para manterem o distanciamento social Nuno Ferreira Santos

O Governo são-tomense decretou o cerco sanitário no distrito de Água Grande, onde se localiza a capital do país, para conter a propagação do coronavírus.

A medida, em vigor entre as 22h de sábado (23h Lisboa) e as 5h (mais uma em Lisboa) de segunda-feira, consta de um despacho conjunto assinado pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, e pelo ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa.

“Durante esse período só poderá haver entrada e saída para profissionais de saúde, pessoas em situações de emergência médica e para o abastecimento do distrito com bens essenciais”, diz o despacho.

O Governo justifica a decisão com a evolução da pandemia da covid-19 no país, que “tem conhecido um aumento exponencial de casos positivos, sobretudo no distrito de Água Grande”, bem como a necessidade “urgente de se reforçar as medidas de distanciamento social de forma a diminuir a cadeia de contágio”.

O executivo defende ainda no despacho “a necessidade de aumentar as ferramentas de despistagem” da covid-19 neste distrito.

O Ministério da Saúde anunciou mais quatro novas infecções pelo coronavírus, aumentando para 212 o número de pessoas doentes no país, que já conta cinco óbitos.

Fonte hospitalar indicou que quase metade dos pacientes (98) são residentes no distrito de Água Grande, o maior do país.

O número de mortos devido à covid-19 em África subiu para 2074, com mais de 54 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infecções (594 casos e dois mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (230 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (82) e Angola (36 infectados e dois mortos).

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