Uma criança de nove anos está desaparecida na freguesia da Atouguia da Baleia, concelho de Peniche, desde esta quinta-feira. Ao PÚBLICO, o comandante dos bombeiros de Peniche esclareceu que o alerta foi dado às 10h desta quinta-feira e que as buscas começaram “de imediato”.

A menina chama-se Valentina e quando desapareceu tinha vestido com “um casaco azul, uns chinelos de meter o dedo e um pijama também azul, às bolinhas”, afirmou o tio, Nuno Ramos.

Segundo o comandante dos bombeiros de Peniche, pelas 16h45 desta sexta-feira estavam no local 68 operacionais e 26 viaturas, apoiados por seis drones e seis equipas de cães pisteiros.

Na tarde desta sexta-feira, a mesma fonte confirmou ao PÚBLICO que “o perímetro de buscas já foi alargado”.

"Esgotar todas as possibilidades"

O presidente da junta de freguesia de Atouguia da Baleia, Afonso Clara, explicou aos jornalistas no local que as autoridades estão “a esgotar todas as possibilidades para tentar encontrar a menina”. “Não sabemos a que horas é que ela se ausentou porque quando ele [pai] se levantou por volta das 8h, ela já não estaria [em casa]. Tudo o resto são especulações”, afirmou.

O autarca local adiantou, pelas 12h30 desta sexta-feira, que os drones se encontravam no local “a tentar percorrer todo o espaço” aéreo da zona. “Ontem os bombeiros andaram aqui a calcorrear os espaços. Infelizmente foi infrutífero o trabalho deles, mas vão continuar à procura da menina”, afirmou, adiantando que as buscas estavam a ser feitas dentro da freguesia, mas que as autoridades estavam “a admitir extravasar os limites”.

O presidente da junta de freguesia destacou que a criança “saiu de casa em chinelos e supostamente não iria para muito longe” — o que, por outro lado, deixa o autarca “mais preocupado ainda”.

“Consta-me que a criança já se tinha ausentado uma vez, mas foi encontrada logo a seguir”, disse, acrescentando que o pai e a madrasta da menina “estão preocupadíssimos”. O autarca explicou ainda que “a criança vive com a mãe na região do Bombarral” e que “está periodicamente com o pai”, sublinhando, porém, não ter “segurança absoluta nestas informações”.

Segundo Afonso Clara, as autoridades “calcorrearam a barragem toda de manhã”. “Ontem correram aqui estes espaços todos. Eu próprio também andei aí a tentar perceber [o que se tinha passado] e à espera de um milagre”, afirmou.