Pouco ou nada é quanto estão a receber os “invisíveis” que fazem a música acontecer

Num meio duramente castigado pelas medidas de confinamento como o das artes do palco, os profissionais dos bastidores estão entre os que enfrentam maiores dificuldades. Sem garantias a curto prazo, é toda uma classe paralisada e sem rendimentos, à qual o apoio extraordinário nem sempre chega.

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Vítor Moura está a empacotar todo o material da sua empresa de alguer de backline e admite mudar de ramo PAULO PIMENTA
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Célia Correia não é elegível para o apoio extraordinário da Segurança Social porque no ano passado teve três contratos de trabalho, ainda que de apenas um dia cada PAULO PIMENTA
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Miguel Dias recebeu 110 euros da Segurança Social; 70 euros serão para pagar a contribuição relativa a Março, mês em que já não auferiu qualquer rendimento PAULO PIMENTA
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Rita Sousa, técnica de audiovisuais, ficou com a agenda em branco, depois de ter perdido temporariamente os seus principais clientes, a Casa da Música e a Fundação de Serralves PAULO PIMENTA

Em Março, Célia Correia, técnica de luz cuja agenda de trabalho tem estado em branco desde o início da pandemia, como a de muitos dos seus colegas de bastidores, candidatou-se ao apoio financeiro extraordinário à redução da actividade concedido pela Segurança Social. Aguardou pela resposta com expectativa, ansiosa por saber se em Abril conseguiria, com o valor que contava receber, pagar parte da renda da casa, que em Março só ficou saldada porque recorreu a ajuda familiar. Afinal, Abril não foi diferente e no último mês a transferência para o senhorio ficou em espera. Da Segurança Social chegou o aviso de que não seria contemplada porque no ano passado tinha feito alguns trabalhos noutra condição que não a de trabalhadora independente – na altura, e por ter sido celebrado contrato de trabalho, não passou recibo verde.

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